Cartaxo vai continuar com projecto de hipoterapia no próximo ano lectivo
O projecto de hipoterapia iniciou no Cartaxo em 2022 e a sua continuidade está garantida no próximo ano lectivo. As sessões decorrem em três dias úteis e o município assegura transporte.
O projecto de hipoterapia iniciado pelo município do Cartaxo no ano lectivo 2022/2023 vai continuar no próximo ano lectivo com o objectivo de apoiar o desporto escolar numa vertente inovadora. As sessões decorrem no período da tarde em três dias úteis. O município assegura transporte. A continuidade do projecto junto da comunidade escolar, para as crianças e alunos com necessidades específicas físicas, mentais, visuais, auditivas e múltiplas, proporciona o seu desenvolvimento biopsicossocial, estimulando as suas potencialidades, respeitando os seus limites e visando a integração e inserção social, sendo o mesmo alargado à comunidade geral.
As sessões de hipoterapia destinam-se a um máximo de 16 alunos com necessidades educativas específicas dos agrupamentos de escolas do concelho que integrem o desporto escolar, alunos das unidades de ensino estruturado ou grupos de alunos com medidas adicionais acompanhados pela educação especial e um máximo de oito utentes com necessidades educativas específicas e 21 utentes para a modalidade de equitação geral.
Os casos de sucesso
O MIRANTE acompanhou uma aula de hipoterapia no arranque do projecto em 2022. Guilherme, na altura com 14 anos, era um dos 20 alunos com necessidades especiais do Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita, do Cartaxo, a participar nas aulas. Alto e encorpado, tinha medo de subir para o cavalo no início e a postura corporal não era a mais correcta. Passou a andar direito e a subir com mais confiança e autonomia para o dorso do Caramelo, o cavalo que participa nas sessões de hipoterapia. Guilherme tem mutismo selectivo e só responde às perguntas que lhe fazem com o polegar.
Os alunos foram divididos em grupos para poderem ter tempo de qualidade em cima do cavalo de modo a notarem-se evoluções. Rodrigo Gomes, 16 anos, e Ana Paula Coelho, 14 anos, eram dos mais autónomos e ambos confessaram sentir calma e serenidade em cima do cavalo. Luana, 12 anos, com um ligeiro défice cognitivo, esboçava um sorriso rasgado no momento em que se preparava para montar o Caramelo. Disse adorar andar a cavalo e ser mais feliz durante as aulas de hipoterapia. O professor de Educação Física, João Capão, notou os seus alunos mais autónomos, auto-confiantes e seguros desde que começaram a hipoterapia: “até a postura física está melhor, mais correcta. Alguns já conseguem andar a galope”, sublinhou.