Sociedade | 03-09-2024 21:00

Enfermeiros do Hospital de Santarém voltaram a fazer greve

Enfermeiros do Hospital de Santarém voltaram a fazer greve
Enfermeiros reclamam por melhores condições laborais que lhes permita conciliar o trabalho com a vida familiar

Dezenas de enfermeiros aderiram a mais uma greve no Hospital de Santarém, reivindicando, entre outras medidas, melhores condições laborais. Conselho de administração da ULS Lezíria diz que situações estão a ser resolvidas.

Dezenas de enfermeiros do Hospital Distrital de Santarém convocaram uma greve a 21 de Agosto, para reivindicar melhores condições laborais em particular no Serviço de Urgência, uma paralisação que, segundo fonte sindical, teve uma adesão de 86,3% no turno da manhã. Nuno Lopes, representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse à Lusa que a greve teve impacto no funcionamento do hospital, integrado na Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, mas a administração desmentiu afirmando não ter havido adiamentos em cirurgias ou consultas e deu conta da resolução em curso de problemas levantados.
A greve foi convocada para reivindicar a contratação de mais enfermeiros, uma melhor organização nos horários de trabalho e a resolução dos problemas estruturais do Serviço de Urgência. “Estivemos reunidos, em Maio, com o conselho de administração e algumas questões continuam por resolver, nomeadamente a organização do Serviço de Urgência, que faz com que haja uma falta crónica de enfermeiros neste serviço. Já não é uma situação pontual, é uma situação do dia-a-dia e tem de ser resolvida”, disse o dirigente sindical. Uma das principais reivindicações diz respeito a uma melhor organização do horário de trabalho que permita “a conciliação da vida profissional, familiar e pessoal”, algo que os profissionais consideram difícil devido à falta de enfermeiros e ao recurso a horas extraordinárias, que “é constante”, destacou Nuno Lopes. Segundo o dirigente sindical, é “urgente a contratação de mais pessoal” - todos os dias “são mobilizados enfermeiros para colmatar as falhas que existem nos serviços”.
Questionado pela Lusa, a presidente do conselho de administração da ULS da Lezíria, Tatiana Silvestre, referiu que o Ministério da Saúde aprovou o mapa de pessoal e a administração já pode iniciar “o procedimento de abertura de contratação de novos profissionais”. Outra das queixas dos enfermeiros refere-se ao pagamento do regime de prevenção, cuja lei existe desde 1979 e que, de acordo com o SEP, esta ULS “não está a cumprir”. À Lusa, Tatiana Silvestre garantiu que a administração “já deliberou sobre esta matéria” e vai “iniciar todo o processo de pagamento”.

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