Corte de árvores em Arruda dos Vinhos gera queixas da comunidade
Município garante que vai replantar novas árvores e em igual número mas vários moradores dizem não estar convencidos da solução. Abate das árvores da Recta da Fresca foi justificado com o risco existente para os peões.
O corte e remoção de uma dezena de árvores que embelezavam a entrada norte de Arruda dos Vinhos, na Recta da Fresca, a estrada que segue para o Sobral de Monte Agraço, gerou polémica e queixas de alguns moradores da zona que não viram a intervenção com bons olhos.
Os moradores foram surpreendidos na última semana com o corte e abate das árvores, que começaram a ser removidas das caldeiras em que se encontravam, segundo o município por motivos de segurança, já que as raízes das árvores começaram a levantar o pavimento e impossibilitar a passagem no passeio a pessoas com mobilidade reduzida ou cadeiras de bebés, forçando os peões a caminhar pela estrada.
“As raízes fazem parte da vida das árvores e se o problema era o levantamento do piso certamente haveria outras soluções disponíveis que não o abate puro e duro de árvores que demoraram décadas a crescer”, lamenta Vítor Jorge, morador da zona a O MIRANTE. O vizinho, Rui Carneiro, concorda. “Não tem sido bonito de ver isto, é do terceiro mundo”, lamentou.
O assunto foi também levado à última reunião pública do executivo de Arruda dos Vinhos por Adelino Ramos, morador da vila, que questionou o executivo sobre o motivo para o abate de todas as árvores da rua. O vice-presidente da câmara, Paulo Pinto, explica que o objectivo principal da intervenção é aumentar a segurança dos peões e, consequentemente, de quem ali vive e precisa de caminhar no passeio.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE