Só há democracia e progresso social com uma imprensa regional forte
Numa altura de informações falsas e fotos manipuladas por inteligência artificial é nos jornais e nos jornalistas que se pode encontrar a informação credível, sendo que quem faz a diferença é quem faz jornalismo de proximidade, como O MIRANTE. Estas são as convicções de vários convidados que estiveram na redacção do jornal a acompanhar a visita do ministro dos assuntos parlamentares e que destacaram a importância do sector para a região e para o país.
Se não se apoiar seriamente o sector da comunicação social regional não será apenas o trabalho dos jornalistas que fica em risco mas também toda a democracia e a liberdade das comunidades onde os jornais se inserem. E só quando os jornais faltarem a quem vive na região é que a perda será mais dolorosamente sentida. A convicção foi ouvida de forma informal, momentos antes da visita do ministro dos Assuntos Parlamentares à redacção de O MIRANTE, na manhã de segunda-feira, 2 de Setembro, por vários convidados que partilharam a sua visão sobre a importância da comunicação social regional.
O jornalismo regional, defendem, desempenha um papel importante na manutenção de uma sociedade informada, livre e democrática, especialmente num contexto onde as redes sociais fazem uma concorrência desleal ao trabalho dos jornalistas por não se regerem por códigos deontológicos ou verificação de factos. É essa garantia de verdade e isenção da imprensa regional que Anabela Freitas, vice-presidente do Turismo do Centro, destaca como principal virtude dos órgãos de comunicação regionais, que no seu entender devem ser mais apoiados e acarinhados.
Para Anabela Freitas, “o que se vê nas redes sociais tem muitas vezes falta de verdade. E nos jornais a informação passa pelo crivo de um jornalista, é totalmente diferente. Hoje em dia muita gente tem dificuldade em discernir a verdade da mentira e é nisso que os jornais são fundamentais”, defende. Opinião semelhante tem Tiago Ferreira, vereador do PSD na Câmara de Torres Novas, que notou junto dos convidados que hoje em dia nas redes sociais é difícil distinguir a verdade da mentira e que estas nunca serão como os meios de comunicação social.
Pedro Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim, considera que a importância da comunicação social regional é grande demais para poder ser medida. “É muito importante e fundamental e deve ser apoiada de forma diferenciada. Todos temos a ganhar com uma imprensa livre que nos dê fontes fidedignas”, defende. Outro dos convidados, Diamantino Duarte, presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, diz que a imprensa regional faz a diferença numa altura em que os jornais nacionais só olham para Lisboa e o Mundo e esquecem-se das vidas da comunidade. “Se não protegermos e apoiarmos a imprensa regional será terrível se um dia perdermos os nossos jornais. É preciso continuar a apoiá-los”, apela.
Uma opinião semelhante à de João Heitor, presidente da Câmara do Cartaxo, que destaca a capacidade dos jornais regionais de acrescentar qualidade de vida às pessoas. “É graças aos jornais que temos conhecimento do que se passa, coisas boas ou más, que faz com que as boas sejam valorizadas e as más resolvidas. Temos todos a obrigação de respeitar e de procurar garantir que os órgãos de comunicação social se mantêm saudáveis e independentes”, defende.
Sobre as empresas de comunicação social, o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, António Torres, destaca uma preocupação dizendo que a centralização dos jornais em grandes grupos económicos não é boa para ninguém, relevando o papel da imprensa regional por dar voz às gentes da terra. “O futuro passa pela proximidade às populações, regiões e territórios. Todos beneficiam com a proximidade da imprensa regional”, destaca.
Convidados conheceram redacção de O MIRANTE
A visita do Ministro dos Assuntos Parlamentares à redacção de O MIRANTE foi também uma oportunidade para várias figuras da região estarem presentes e conhecerem também elas o trabalho desenvolvido pelo jornal. Além dos já mencionados, também marcaram presença João de Castro Baptista, advogado, António Camilo, presidente da Câmara da Golegã, Manuela Veiga, vereadora da Câmara da Golegã, Paula Borrego, empresária administradora da Borrego, Leonor e Irmão e Ana Vicente, directora-adjunta do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Santarém.