Sociedade | 10-09-2024 15:00

Socialistas aceitam extinção dos Bombeiros Sapadores de Santarém

Socialistas aceitam extinção dos Bombeiros Sapadores de Santarém
Partido Socialista defende a extinção dos Bombeiros Sapadores de Santarém

O PS de Santarém está a preparar uma proposta para reformular a protecção civil municipal e o presidente da concelhia, Diamantino Duarte, defende a extinção da corporação de bombeiros sapadores, na dependência do município, que é a que menos serviços faz em toda a Lezíria do Tejo, mesmo comparando com corporações mais pequenas.

O Partido Socialista de Santarém está a preparar uma proposta a apresentar ao executivo camarário, de maioria social-democrata, para a reformulação da protecção civil municipal. O partido está disponível para aceitar a extinção dos bombeiros sapadores, na dependência da câmara municipal, na sequência da situação em que se encontra a corporação com 32 profissionais e que tem uma reduzida operacionalidade para os custos que comporta, de mais de um milhão de euros anuais. A ideia está em cima da mesa tendo em conta que os sapadores são na área da Lezíria do Tejo os que menos serviços de emergência fazem, sendo os Voluntários de Santarém que asseguram quase todo o socorro e algumas vezes corporações de concelhos vizinhos.
Está a ser feito um trabalho de recolha de elementos para fundamentar a proposta, que deve ser entregue no município em breve. O MIRANTE apurou junto do presidente da concelhia do PS e dos Voluntários de Santarém, Diamantino Duarte, que este dirigente defende a extinção dos Bombeiros Sapadores de Santarém. O socialista defende duas hipóteses. Uma, a mais radical, é acabar já com a corporação. A segunda hipótese é ir desmantelando a corporação aos poucos num curto a médio prazo, em que o efectivo ficaria a assegurar o funcionamento do aeródromo, a fazer acções de sensibilização e simulacros, promovendo-se a saída de bombeiros ao longo do tempo até à extinção completa.
Segundo os dados das ocorrências no primeiro semestre deste ano, os sapadores fizeram menos 249 serviços de emergência que os Municipais de Alpiarça e menos 139 que os Voluntários de Alcoentre (Azambuja) que têm dispositivos mais pequenos e uma área com muito menos população. Mas a grande diferença é que os Voluntários de Santarém fazem seis vezes mais serviços de emergência que custam ao município menos de um terço do que gasta com os sapadores.
Perante a fraca operacionalidade, a autarquia mandou fazer um estudo de operacionalidade das corporações que permitirá perceber, essencialmente, o que pode fazer com a sua corporação. Nos primeiros seis meses de 2024 os Voluntários de Santarém fizeram 2633 serviços de emergência, enquanto os sapadores fizeram 458. As outras duas corporações do concelho, Pernes e Alcanede, ambas de associações humanitárias, fizeram entre mil e 1850 emergências.
A câmara investe anualmente mais de 1,4 milhões de euros nos quatro corpos de bombeiros, sendo que a de sapadores custa mais que as três corporações voluntárias juntas. O valor investido no sector inclui apoios protocolados, apoios extraordinários e co-financiamento das Equipas de Intervenção Permanente no valor de aproximadamente 215 mil euros a cada corporação de voluntários e o restante correspondente à remuneração dos elementos da Companhia Sapadores de Bombeiros de Santarém.

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