Jovens têm mais doenças sexualmente transmissíveis e não usam preservativo
O MIRANTE conversou com o psiquiatra e terapeuta sexual José Salgado, que diz que há uma desvalorização do uso do preservativo entre os jovens e um aumento das doenças sexualmente transmissíveis. Quanto à saúde sexual, mais do que problemas de ordem física, a performance e o desejo ficam comprometidos pela ausência de diálogo entre casais.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa lamentou a diminuição do uso de preservativos pelos adolescentes nos últimos anos e alertou para os riscos de infecção e de gravidez indesejada. As conclusões constam no recente relatório da OMS sobre o comportamento de saúde em crianças em idade escolar e foram retiradas de inquéritos a quase um quarto de milhão de jovens de 15 anos em 42 países, entre 2014 e 2022.
Os resultados não surpreendem o psiquiatra e terapeuta sexual, José Salgado, que sublinha a tendência dos jovens para o risco. “O uso do preservativo cresceu por causa da SIDA e como hoje em dia é uma doença tratável, o medo e o impacto diminuíram. Apesar das campanhas que existem, há uma desvalorização do papel do preservativo e não só nos jovens”, afirma.