Sociedade | 13-09-2024 15:00

Pedro Beato é o novo rosto do turismo no Ribatejo

Pedro Beato é o novo rosto do turismo no Ribatejo
Pedro Beato é filho de um capitão de Abril e diz que actualmente o seu compromisso é com o Turismo do Alentejo e Ribatejo

Nasceu em Santarém, saiu da cidade quando foi estudar para Lisboa e regressou à terra natal 25 anos depois como vice-presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo para abrir uma delegação da entidade na emblemática Casa do Campino. Pedro Beato quer ajudar a afirmar os municípios da Lezíria como destino turístico e conta com a ajuda de autarcas e sector privado.

A tauromaquia ainda é vendável como produto turístico? Bom, posso dizer-lhe que o Campo Pequeno, por exemplo, enche com muitos turistas. São factores de atractividade também, basta olhar para outros países, como Espanha. É um tema sempre quente, mas existe uma tradição na nossa região e os turistas aderem. Ainda em Junho, em Santarém, a praça encheu pela Feira Nacional de Agricultura. Feira essa onde nós estivemos pela primeira vez presentes com um stand do Turismo do Ribatejo. Não houve Turismo do Alentejo. No Ribatejo há que afirmar o Ribatejo, para não se diluir noutras marcas promocionais.
O que significa para si a festa brava, a tourada? Sou aficionado, mas isso é a título pessoal. A festa brava tem uma abrangência maior, desde a ida ao campo, o convívio, as próprias largadas, a identidade do próprio vestuário, as tradições associadas, o turismo equestre. Tudo isso está ligado. Quando falamos de festa brava não podemos olhar apenas e só para um momento. Há toda uma cultura e não vai ser o turismo que irá reprimir aquilo que são as tradições e as vontades das pessoas.
O maior rio da Península Ibérica atravessa todo o Ribatejo mas são poucos os municípios que têm tirado algum proveito turístico dessa realidade. Tem havido insensibilidade política em relação ao potencial do Tejo? Não diria que seja insensibilidade. Há questões de base relacionadas com as condições para usufruto em segurança de um rio que é intenso e díspar. Tanto existem mais mouchões como existem cheias, embora sejam cada vez mais raras. Há também uma dimensão ambiental a ter conta. É um tema complexo por isso, porque todas as intervenções que possam possibilitar um uso em segurança carecem de intervenções muito especiais e específicas. Agora, parece-me que temos aqui um recurso que tem que ser olhado de modo a que possa ser mais potenciado.

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