Sociedade | 15-09-2024 07:00

Mãe com quatro filhos menores continua desesperada à procura de casa

Mãe com quatro filhos menores continua desesperada à procura de casa
TEXTO COMPLETO DA EDIÇÃO SEMANAL
Maria Montez apela a quem tiver uma habitação com renda acessível que a possa ajudar

Maria João Montez tem até Abril de 2025 para sair da casa onde vive com quatro filhos menores em São Domingos, Santarém. Ainda não encontrou uma casa que consiga pagar, apelando a que divulguemos novamente a sua situação.

Maria João Montez, a mãe de 36 anos que vive em São Domingos, Santarém, com quatro filhos menores, continua à procura de uma casa que consiga pagar e tem até 3 de Abril de 2025 para sair da casa onde vive há cinco anos e da qual nunca ficou a dever uma renda, garante, depois de o senhorio lhe ter rescindido o contrato por pretender aumentar a renda de 327 euros para o dobro. Separou-se em Fevereiro do último companheiro, após uma relação de nove anos, e logo de seguida recebeu o anúncio da rescisão do contrato. Longe dos ex-companheiros e sem suporte familiar, é com muito sacrifício que paga despesas, alimenta, veste e calça os filhos. A mãe tem contactado O MIRANTE desesperada após a publicação de uma primeira notícia em Junho, uma vez que a resposta que tem da Câmara de Santarém é de que “não há casas” para disponibilizar.
Começou a trabalhar aos 13 anos na restauração e só parou no ano passado quando foi despedida por faltar para cuidar do filho de dois anos, diagnosticado com uma anemia grave, estando constantemente a ser internado. Maria João Montez recebe o Rendimento Social de Inserção (RSI), cerca de 500 euros de abonos, ajudas com a alimentação, pensão de alimentos das filhas no valor de 120 euros e alega que o pai dos filhos não está a cumprir com os 160 euros estipulados pelo tribunal, tendo de recorrer ao Fundo de Garantia de Alimentos Devidos a Menores.
“Se vou para a rua com quatro crianças fico sem eles. A protecção de menores já me ligou a fazer pressão”, desabafava em lágrimas em Junho, explicando que foi o filho de seis anos, com a sua inocência, que contou à psicóloga da protecção de menores, onde é seguido por uma alegada agressão na escola primária, que estavam em risco de ficar sem casa.
O MIRANTE teve acesso a uma declaração passada por um pediatra que atesta que o menino de dois anos necessita dos cuidados “imprescindíveis e inadiáveis da mãe por períodos mais prolongados” por “infecções respiratórias recorrentes”, o que impede Maria João de trabalhar. “É mais o tempo que não vai ao infantário. Toda a gente sabe que o Santiago é um menino doente”, afirma a mãe, revelando que por não ter conseguido vaga no sistema público, está a ser acompanhado por um pediatra que cobra 90 euros por consulta, sendo que por mês chega a ir três vezes. “Se calhar se não fosse no privado o meu filho já não estava aqui”, aponta.

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