Críticas à limpeza urbana na Chamusca; junta aponta o dedo ao executivo da câmara
Têm sido recorrentes as críticas à falta de limpeza urbana na Chamusca, tendo o assunto sido discutido em assembleia municipal. Presidente da junta lamenta que câmara nunca mais tenha actualizado valores dos apoios e diz que há zonas que já deveriam ter sido intervencionadas no âmbito da empreitada de requalificação urbana da Chamusca.
As queixas devido à falta de limpeza urbana na vila da Chamusca têm sido recorrentes e foram assunto na última assembleia municipal depois da bancada da CDU ter questionado sobre o tema. Na altura, o presidente da União das Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grandes, responsável pela limpeza, remeteu os esclarecimentos para a assembleia de freguesia que se tinha realizado pouco tempo antes. “A vossa bancada teve representantes nessa assembleia portanto deviam saber o que se está a passar”, disse Rui Martinho.
Contactado por O MIRANTE, o presidente da junta reconhece que tem havido alguns problemas com o serviço, também devido à falta de mão-de-obra, mas que a situação está a ser resolvida. Rui Martinho refere que também tem contribuído para o problema o facto do município, presidido por Paulo Queimado (PS), não actualizar o valor dos apoios às juntas para limpeza urbana desde 2020. “Os ordenados aumentaram, o preço dos combustíveis aumenta constantemente, a inflação aumentou substancialmente, e para o nosso orçamento é muito difícil fazer face a estes aumentos”, afirma.
Rui Martinho salienta ainda que o Jardim do Coreto, como é popularmente conhecido, está em mau estado e que não faz sentido mexer no espaço, tendo em conta as grandes intervenções programadas no âmbito da requalificação urbana da vila. “O piso está em mau estado, há bancos partidos, mas não faz sentido mexer no jardim porque a câmara vai realizar obras no local. O problema é que as obras, segundo nos disseram, eram para ter começado no início do Verão. Não temos culpa que os prazos não sejam cumpridos”, sublinha.
Recorde-se que as árvores que estão presentes há quase um século no Jardim do Coreto vão ser abatidas por estarem num estado que, na opinião dos técnicos, obrigam à sua substituição. As árvores vão ser substituídas por umas de maior porte e o murete que existe na zona relvada do jardim vai ser retirado, a relva vai ficar à mesma altura da calçada, segundo informou, em 2023, o presidente do município.