Moradores da Rua do Barco em Alverca exigem melhor limpeza
Falta de limpeza das ervas dos passeios e despejo ilegal de entulhos e monos estão a transformar a Rua do Barco, em Alverca, num local pouco cuidado e os moradores sentem-se abandonados.
Vários moradores da Rua do Barco, no centro da cidade de Alverca, junto às urbanizações da Ómnia, criticam o estado abandonado em que toda a zona se encontra e pedem uma intervenção urgente à Junta de Freguesia de Alverca e à Câmara de Vila Franca de Xira. Além do mato por cortar nos passeios que, em alguns casos, até impossibilita a passagem das pessoas e as obriga a caminhar pela estrada, toda a zona carece de uma limpeza geral, sobretudo nas zonas onde estão os caixotes do lixo, que estão num estado mal cuidado.
Devido ao estado insalubre da zona, é comum encontrarem-se despejos de monos e entulhos no local. Durante três semanas dois velhos frigoríficos estiveram junto aos contentores do lixo sem serem recolhidos, tendo sido retirado precisamente no dia em que O MIRANTE esteve no local a falar com os moradores. “Esta rua está imunda e precisa de uma atenção redobrada de quem gere o espaço público. Não entendemos porque outras urbanizações estão cuidadas e a nossa está ao abandono. Não vemos este aspecto na Malvarosa”, critica Mário Costa, morador do condomínio fechado da Ómnia. Para outros residentes é urgente a colocação de uma ilha ecológica no local que dê maior dignidade ao espaço e que seja construída uma lomba em condições frente à porta de entrada da urbanização, permitindo substituir a actual que está totalmente danificada.
Contactado por O MIRANTE, o presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Cláudio Lotra, explica que a junta apenas tem competência para intervir na desmatação, garantindo que quando os serviços da junta identificam monos abandonados avisam o município para proceder à sua recolha. Já no que toca à falta de desmatação dos passeios, o autarca reconhece que a limpeza tem sido um problema difícil de ultrapassar, admitindo em situações pontuais reverter a decisão de não usar glifosato para controlar o crescimento das ervas invasoras.
“Não temos grandes alternativas. A monda térmica usa bastante água, o que é mau no Verão, e já tentámos espalhar sal em alguns locais para tentar impedir o crescimento das ervas mas também não resulta. E o produto biológico que usamos, à base de ácido cítrico, também não resolve. Cheira bem, torna as ervas amarelas mas não as mata”, lamenta Cláudio Lotra. O autarca reconhece que as pessoas “têm razão em reclamar” e admite que, em casos como a Rua do Barco, o glifosato poderá ser usado em doses mais pequenas e controladas para impedir que o problema continue ou se agrave.
Cláudio Lotra garante que antes do final do mês o espaço será intervencionado pelos funcionários da junta, que têm trabalhado cinco dias por semana e dois sábados extra por mês para tentar acudir a todas as solicitações da comunidade. “Temos as equipas no terreno, cortamos as ervas e ao fim de duas semanas já estão a crescer novamente”, lamenta o presidente da junta.
Já sobre a colocação de uma nova lomba frente à Ómnia, o autarca diz que já a pediu ao município, que está a avaliar a sua colocação. E concorda com os moradores, dizendo que as lombas de borracha não resolvem o problema e terá de ser feita uma lomba em calçada que force os condutores a reduzir a velocidade a que circulam na zona. O MIRANTE contactou o município sobre estes assuntos mas não recebeu resposta até à data de fecho desta edição.