Sociedade | 21-09-2024 21:00

Oposição diz que Festival de Estátuas Vivas de Tomar morreu nas mãos da câmara

Oposição diz que Festival de Estátuas Vivas de Tomar morreu nas mãos da câmara
Menor afluência de pessoas e desinteresse de agrupamento de escolas entre as razões elencadas para a não continuação do evento

O fim do Festival de Estátuas Vivas de Tomar, iniciativa que começou em 2010 e terminou em 2019, mereceu críticas do PSD na última reunião de câmara. O vereador Tiago Carrão disse que é “quase criminoso” o que o município, gerido pelo PS, fez com o festival. A maioria socialista diz que o projecto continua vivo.

O Festival de Estátuas Vivas de Tomar começou em 2010 e terminou em 2019, contabilizando um total de sete edições, e o PSD veio agora criticar o fim do evento e manifestou a sua insatisfação na última reunião de câmara. A maioria socialista explicou que o fim do evento deveu-se ao seu declínio e à necessidade do município se diferenciar.
O vereador do PSD, Tiago Carrão, começou por fazer referência ao Festival de Estátuas Humanas de Santarém, que decorreu em Agosto e que foi um êxito, atraindo milhares de pessoas ao centro histórico da cidade. “Isso deixa-me a pensar no quão triste é aquilo que é a realidade do Festival de Estátuas Vivas de Tomar. Eu diria que é quase criminoso aquilo que os senhores fizeram à marca Estátuas Vivas”, sublinhou o autarca, referindo que “infelizmente o Festival das Estátuas Vivas morreu nas vossas mãos”.
A vice-presidente da Câmara de Tomar, Filipa Fernandes (PS), respondeu que as Estátuas Vivas é um projecto que continua vivo em Tomar. “Mais do que nunca, neste momento temos um projecto que se chama Nova Geração, um projecto deste executivo para a criação desta arte no nosso concelho. Neste momento já temos cerca de 20 tomarenses a trabalhar na construção da sua própria personagem, no trabalho de aprendizagem sobre esta arte”, explicou.
A autarca socialista mencionou ainda que o Festival de Estátuas Vivas de Tomar teve um grande pico de afluência no início, mas que nos últimos anos isso já não se verificava, tendo sido criado um novo festival, o Festival Internacional de Artes de Rua, que integra também uma mostra de estátuas vivas.
O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), explicou que o Festival de Estátuas Vivas era uma iniciativa escolar, organizada pelo Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria e que foi o próprio agrupamento que não mostrou interesse em continuar com o festival. “Nessa altura o Município teve que tomar uma opção, ou continuava sozinho com o evento ou transformava o evento”, referiu. O autarca socialista acrescentou que após se ter tentado modernizar o festival com entradas pagas, entendeu-se que a sua realização já não se justificava, tendo sido criado um novo festival mais abrangente e diferenciador.

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