Oposição diz que Festival de Estátuas Vivas de Tomar morreu nas mãos da câmara
O fim do Festival de Estátuas Vivas de Tomar, iniciativa que começou em 2010 e terminou em 2019, mereceu críticas do PSD na última reunião de câmara. O vereador Tiago Carrão disse que é “quase criminoso” o que o município, gerido pelo PS, fez com o festival. A maioria socialista diz que o projecto continua vivo.
O Festival de Estátuas Vivas de Tomar começou em 2010 e terminou em 2019, contabilizando um total de sete edições, e o PSD veio agora criticar o fim do evento e manifestou a sua insatisfação na última reunião de câmara. A maioria socialista explicou que o fim do evento deveu-se ao seu declínio e à necessidade do município se diferenciar.
O vereador do PSD, Tiago Carrão, começou por fazer referência ao Festival de Estátuas Humanas de Santarém, que decorreu em Agosto e que foi um êxito, atraindo milhares de pessoas ao centro histórico da cidade. “Isso deixa-me a pensar no quão triste é aquilo que é a realidade do Festival de Estátuas Vivas de Tomar. Eu diria que é quase criminoso aquilo que os senhores fizeram à marca Estátuas Vivas”, sublinhou o autarca, referindo que “infelizmente o Festival das Estátuas Vivas morreu nas vossas mãos”.
A vice-presidente da Câmara de Tomar, Filipa Fernandes (PS), respondeu que as Estátuas Vivas é um projecto que continua vivo em Tomar. “Mais do que nunca, neste momento temos um projecto que se chama Nova Geração, um projecto deste executivo para a criação desta arte no nosso concelho. Neste momento já temos cerca de 20 tomarenses a trabalhar na construção da sua própria personagem, no trabalho de aprendizagem sobre esta arte”, explicou.
A autarca socialista mencionou ainda que o Festival de Estátuas Vivas de Tomar teve um grande pico de afluência no início, mas que nos últimos anos isso já não se verificava, tendo sido criado um novo festival, o Festival Internacional de Artes de Rua, que integra também uma mostra de estátuas vivas.
O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), explicou que o Festival de Estátuas Vivas era uma iniciativa escolar, organizada pelo Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria e que foi o próprio agrupamento que não mostrou interesse em continuar com o festival. “Nessa altura o Município teve que tomar uma opção, ou continuava sozinho com o evento ou transformava o evento”, referiu. O autarca socialista acrescentou que após se ter tentado modernizar o festival com entradas pagas, entendeu-se que a sua realização já não se justificava, tendo sido criado um novo festival mais abrangente e diferenciador.