Luz verde para requalificação da Escola Secundária de Azambuja
A Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares deu parecer positivo à requalificação da Escola Secundária de Azambuja. O presidente da câmara, Silvino Lúcio, quer o projecto finalizado até final do ano para lançar o concurso da obra e garantir financiamento, enquanto o PSD critica os atrasos.
A Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST) já deu parecer positivo às obras de requalificação da Escola Secundária de Azambuja. De acordo com o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, já foi dada indicação ao projectista para proceder às alterações que foram pedidas em relação ao aumento das salas, para terem capacidade para 30 alunos. O autarca quer o projecto pronto até final do ano para depois lançar o concurso para a obra e submeter a apoio financeiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou a outro apoio do Governo.
Em reunião do executivo municipal, o presidente da Junta de Freguesia de Azambuja, André Salema defendeu a revisão dos projectos para as escolas dizendo estar apreensivo em relação à falta de coesão territorial entre o alto e o baixo concelho, uma vez que os alunos do alto concelho não frequentam as escolas em Azambuja. O autarca alertou que quando for desactivada a escola do Bairro da Socasa tem de ser feito um equipamento novo de raiz e concentrar recursos.
Silvino Lúcio já avisou que não pode estar sempre a alterar o projecto da Escola Secundária de Azambuja, senão nunca mais as obras avançam. Da parte do PSD, o vereador Rui Corça acusou o edil de inépcia. “Durante dez meses não fizeram nada e quando chegou a altura de entregar o projecto não tinham nada e a escola não foi contemplada, saiu da lista para ser financiada pelo PRR. Isto foi desleixo”, afirmou. A vereadora do Chega, Inês Louro questionou se as obras na escola contemplam elevador. Silvino Lúcio confirmou que os elevadores estão previstos no projecto.
Mais alunos estrangeiros e problemas sociais
A directora do Agrupamento de Escolas de Azambuja, Madalena Tavares, diz que o novo desenho para a requalificação da escola secundária vai ao encontro dos anseios da comunidade escolar mas deixa o alerta de que a escola básica do bairro Socasa funciona há mais de 20 anos em quatro pré-fabricados, sem telheiro, e que é necessário um espaço condigno para as crianças.
A responsável afirma ainda que o concelho tem sido fustigado por problemas sociais graves e que 25% dos alunos do agrupamento são estrangeiros, provenientes de 24 nacionalidades, e que por isso tem de haver políticas de imigração.