Moradores de Azervadinha fartos de esperar pelo asfaltamento da EN251
Presidente da Câmara de Coruche assegura que falta apenas o cumprimento dos prazos administrativos para se iniciar a empreitada de asfaltamento da estrada nacional que atravessa Azervadinha, mas população sente-se frustrada com morosidade do processo.
Os moradores da Azervadinha, no concelho de Coruche, estão cansados de esperar pela substituição de cerca de 800 metros de empedrado por alcatrão na Estrada Nacional (EN) 251 que atravessa a aldeia, uma obra prometida pela empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP). O assunto voltou a ser discutido em reunião do executivo da Câmara de Coruche, onde os residentes procuraram saber quando arrancam as tão aguardadas obras.
Domingos Maia, porta-voz dos moradores, expressou a frustração da comunidade: “Viemos para saber de notícias sobre o assunto que andamos a querer resolver já há tanto tempo. Andamos fartos disto. Sei que a burocracia é muita e que o dinheiro é pouco, mas alguma coisa está a falhar”, lamentou. Os residentes queixam-se do ruído constante provocado pela passagem de camiões na estrada, situação que, segundo Domingos Maia, cria impactos negativos na qualidade de vida.
O presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira (PS), explicou que o processo tem demorado devido aos trâmites burocráticos e ao prolongamento dos prazos para a apresentação de propostas. No dia 25 de Julho, a IP lançou o concurso público para a requalificação da EN 251, na Azervadinha, com um preço base de 945 mil euros.
“Este é um processo demorado, sempre o disse. A Infraestruturas de Portugal lançou este contrato inserido em procedimentos de correcção do pavimento danificado pelas intempéries de 2022. As propostas estiveram abertas até 30 de Agosto, mas o prazo foi prorrogado até 4 de Setembro. Agora, as propostas estão a ser analisadas para a emissão do relatório final”, afirma.
O autarca esclarece ainda que, após a análise das propostas, será feito um processo de habilitação, que envolve a entrega de documentação por parte do empreiteiro seleccionado. Posteriormente, o Plano de Segurança e Saúde terá de ser aprovado pela IP, após o que as obras poderão finalmente começar, possivelmente em Novembro ou Dezembro deste ano.
Apesar da complexidade deste processo, Francisco Oliveira sublinha a sua proximidade com a causa dos moradores e reitera o seu empenho no acompanhamento do processo. “Se tudo correr bem, a obra deverá iniciar-se no final do ano. O financiamento já está assegurado pelo Ministério das Finanças, que tem a verba cativa para esta intervenção, portanto, o que falta agora é o cumprimento dos prazos administrativos”, específica. “Apesar de tudo estou muito contente porque, finalmente, passados quase 30 anos conseguimos algo que ninguém tinha conseguido. Neste momento estamos à espera dos papéis porque tudo o resto está bem”, conclui.