Sociedade | 25-09-2024 07:00

Utentes exigem centro de reabilitação em Tomar e maternidade de Abrantes sempre aberta

Utentes exigem centro de reabilitação em Tomar e maternidade de Abrantes sempre aberta
Abertura da unidade de saúde está prevista para o primeiro semestre de 2026

Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo diz que há no Hospital de Tomar um centro de reabilitação que não funciona como deveria e que a maternidade de Abrantes tem obrigação de estar sempre aberta.

Os utentes da saúde do Médio Tejo lançaram um abaixo-assinado para a abertura de um centro de reabilitação no Hospital de Tomar e para mais recursos humanos, médicos de família e o funcionamento ininterrupto da maternidade de Abrantes. “A população do Médio Tejo reivindica o desenvolvimento do Serviço de Medicina Física e Reabilitação no Hospital de Tomar, da Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo”, pode ler-se no documento apresentado em Tomar pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT).
Os utentes lembram ainda a “grande dificuldade no acesso” a este tipo de cuidados na região do Médio Tejo e que esta é uma necessidade sinalizada há cerca de duas décadas. No abaixo-assinado, que vai ser dirigido à ministra da Saúde, a CUSMT indica que, “na área do Médio Tejo, a oferta pública e privada destes cuidados de saúde é escassa”, tendo feito notar que o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, que “dá apoio a quase 3,5 milhões de utentes de Lisboa e Vale do Tejo, além de estar localizado num dos extremos desta área, não tem capacidade para satisfazer todas as necessidades”.
A comissão lembra que, na unidade de Tomar, há um Serviço de Medicina Física e Reabilitação para o qual foram previstas 30 camas no internamento, consultas externas e uma vasta gama de cuidados em ambulatório, com capacidade para apoiar um milhão e duzentas mil pessoas. A CUSMT afirma ser “incompreensível que um investimento tão vultuoso e um serviço tão necessário à população esteja há mais de 20 anos sem ter concretização efectiva”, com os signatários do abaixo-assinado a reivindicarem que este serviço seja “rapidamente desenvolvido e posto ao serviço da população”.
“Nós vamos fazer algumas iniciativas que têm a ver com os problemas que ainda existem. E o SNS no Médio Tejo tem alguns problemas, a começar com a situação de recursos humanos e com a necessidade de as urgências funcionarem” de forma permanente nos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, afirmou Manuel José Soares. “Há um verdadeiro problema que é a maternidade, nós vamos fazer uma iniciativa em Abrantes, mais uma vez, com uma tribuna pública, no dia 19 de Setembro, para salientar a necessidade do seu funcionamento permanente e a questão dos médicos de família”, uma vez que “milhares de pessoas estão sem médico atribuído”, salientou.
A ULS Médio Tejo passou a agregar, em 1 de Janeiro deste ano, o Centro Hospitalar do Médio Tejo e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, assegurando a prestação dos cuidados de saúde nos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha (todos do distrito de Santarém) e Vila de Rei (distrito de Castelo Branco).

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