Sociedade | 02-10-2024 18:00

Câmara da Chamusca segue exemplo de Alpiarça e quer comprar parte do edifício da CGD com os mesmos argumentos

Câmara da Chamusca segue exemplo de Alpiarça e quer comprar parte do edifício da CGD com os mesmos argumentos
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CGD da Chamusca situa-se na Rua Direita de São Pedro. fotoDR

Município da Chamusca quer comprar uma parte do edifício da Caixa Geral de Depósitos local para instalar serviços de apoio ao cidadão. Oposição diz que a “negociata” pode implicar redução de atendimento e serviços e que pode causar muitos constrangimentos.

A Câmara Municipal da Chamusca quer comprar uma parte do edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) local, situado na Rua Direita de São Pedro, para instalar uma Loja do Cidadão. O assunto tem sido discutido nas últimas sessões camarárias, devido ao facto de a Conservatória da Chamusca estar frequentemente fechada e ser necessário encontrar uma solução para que a população tenha acesso a serviços essenciais. Na última sessão, o presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), exaltou-se por causa de um comunicado da CDU, que tem uma vereadora no executivo municipal, Gisela Matias, falando numa “negociata” que vai colocar sérios constrangimentos à população do concelho.
O comunicado da CDU refere que “a negociata que está a ser criada entre o PS e a CGD e perspectiva de redução de serviço e atendimento presencial, com a introdução de novas tecnologias sem atendimento presencial e a redução de capacidade, representam um problema grave, especialmente para a população envelhecida do concelho, que depende fortemente do atendimento personalizado e humano”. Para o partido, que durante várias décadas assumiu o poder local, “a situação não é um acto consumado, mas pode estar em curso, seguindo o exemplo do que já ocorreu em outros concelhos do distrito, particularmente em Alpiarça”. O comunicado diz ainda que a CGD, enquanto banco público, “tem a responsabilidade de garantir o acesso equitativo aos serviços bancários a toda a população, independentemente da sua localização ou condição socioeconómica. É inadmissível que, após ter registado mais de 1 mil milhões de euros de lucro, a CGD esteja a proceder a cortes nos serviços que afectam directamente os cidadãos mais vulneráveis”.
O documento critica ainda o Partido Socialista da Chamusca que, segundo a CDU, “continua a implementar políticas que, em vez de melhorar a qualidade de vida no concelho da Chamusca, criam dificuldades acrescidas para a sua população”.

Conservatória sem pessoas para trabalhar
Depois de O MIRANTE ter noticiado que há uma grave falta de recursos humanos na Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial da Chamusca, o assunto voltou a ser discutido na última reunião de câmara, uma vez que não houve desenvolvimentos. O serviço continua a estar constantemente encerrado e a população tem que ir a concelhos vizinhos para resolver os seus problemas. Recorde-se que Paulo Queimado referiu recentemente que tem sido difícil arranjar pessoas para garantir o atendimento. “Tem havido muitas dificuldades para ter pessoas para assegurar os serviços. Tem vindo gente de Alpiarça e Golegã para fazer serviços”, disse.

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