Descarga de lixiviados no Relvão e a falta de actividade da Comissão de Acompanhamento
A falta de actividade e de informações sobre a Comissão de Acompanhamento do Eco Parque do Relvão, situado na Carregueira, voltou a ser tema na última Assembleia Municipal da Chamusca, depois da denúncia de mais uma descarga de lixiviados.
Depois de mais uma descarga de lixiviados no Eco Parque do Relvão, que afectou a zona ribeirinha dos campos da Carregueira, os partidos da oposição à maioria socialista no executivo da Chamusca voltaram a lamentar a falta de actividade da Comissão de Acompanhamento do Eco Parque do Relvão. “Já foi referido em várias sessões, por várias forças políticas, a necessidade da comissão de acompanhamento trabalhar para ajudar a resolver e a prevenir estas situações. Nunca reuniu neste mandato”, disse Rui Cruz, eleito da CDU, durante a última assembleia municipal.
Paulo Queimado, presidente da autarquia, adiantou que o executivo foi alertado para a descarga de lixiviados e que fez “o reporte de tudo o que se estava a passar”. “Foram céleres na intervenção para resolver uma situação que se arrasta há muito tempo no final da ribeira das fontainhas, uma vez que os trabalhos agrícolas têm feito desaparecer aquela linha de água. Estamos a acompanhar de muito perto”, disse, acrescentando que durante uma visita de entidades oficiais, falou com uma vogal da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para pedir o envio das análises e o comparativo para realizar a reunião da comissão de acompanhamento. “Daqui a duas semanas vamos ter uma reunião do observatório nacional dos CIRVER, também com visita à Chamusca. Só falta uma entidade dizer quem é o seu representante legal para fazermos a nossa comissão de acompanhamento, afirmou.
Recorde-se que em assembleia municipal de Maio deste ano o assunto também foi discutido. A bancada do PSD, através do deputado João Santos, lamentou continuar “sem qualquer informação sobre a Comissão de Acompanhamento do Eco Parque do Relvão, apesar das promessas do presidente da câmara de que as vai dar. Passam-se anos e não há informações. Aparentemente estão a tratar deste assunto como se fosse um problema menor, mas se calhar é o maior deste concelho. Ninguém percebe porque é que a comissão não funciona”, disse. Na altura, o presidente da Câmara Municipal da Chamusca respondeu afirmando que a comissão tem várias entidades envolvidas, estando o município da Chamusca a presidir à comissão, referindo ainda que está a ser solicitado às entidades para enviarem informação sobre quem são os seus representantes. Paulo Queimado voltou a afirmar que os relatórios à qualidade da água e do ar existem, mas que ainda não existe uma data definida para os fazer chegar à comissão. O autarca voltou a definir uma data para a entrega, desta vez durante o mês de Junho, ou seja, há quatro meses.