Sociedade | 05-10-2024 15:00

Oposição e maioria com visões divergentes sobre a Escola Profissional de Tomar

Objectivo da Escola Profissional de Tomar era aumentar o número de alunos, o que não se verificou. A Câmara de Tomar garante que a escola continua activa e a prestar um excelente serviço. A oposição diz que o número de alunos é baixo e que deviam ser procuradas soluções.

A situação actual da Escola Profissional de Tomar deu que falar em reunião de câmara, com a maioria socialista e a oposição a entrarem em discórdia. Os eleitos do PS defendem que o facto de a escola manter o mesmo número de alunos do ano anterior é muito positivo; já a oposição diz que a Câmara de Tomar está só a assistir ao “definhar” da escola.
A vice-presidente da autarquia, Filipa Fernandes (PS), começou por referir que esteve reunida com responsáveis da Escola Profissional de Tomar, e que nessa reunião o director da escola passou alguma tranquilidade relativamente ao número de inscrições. “O número de alunos mantém-se o mesmo do ano passado, queríamos que aumentasse, não aumentou, mas dar nota de que a Escola Profissional de Tomar continua activa, continua a prestar um excelente ensino”, frisou a autarca.
O vereador do PSD, Tiago Carrão, não concordou com a perspectiva da vice-presidente: “o ano passado tivemos uma redução de 30 alunos em relação ao ano anterior, ou seja, nós mantemos esse número muito baixo que levou até ao encerramento de dois dos quatro cursos. Não consigo ver isto como uma vitória ou pelo menos não consigo ver isto como um cenário tão positivo como a vereadora estava aqui a pintar”, disse.
Tiago Carrão reforçou a sua posição afirmando que a escola está “obviamente” a atravessar uma fase complicada e que a situação não ficou melhor no novo ano lectivo. Terminou a sua intervenção referindo que o que o preocupa acima de tudo é ver que a câmara municipal em vez de admitir e reconhecer a situação ou procurar soluções continua a “empurrar com a barriga para a frente” sem ter uma ideia concreta para o futuro da escola. “Quase que fico com a ideia de que os senhores dão isto como um caso perdido e limitam-se a assistir ao definhar da escola profissional”, concluiu.
O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), reprovou a intervenção de Carrão. “Sempre que se vem publicamente denegrir a escola profissional é que se está a fazer um mau serviço”, disse, acrescentado que a percepção nestas situações é muito importante, nomeadamente para as famílias e os encarregados de educação. O autarca socialista sublinhou que manter-se o número de alunos, neste contexto, é muito bom e tem alguma expectativa que a situação se possa inverter. “O que há a sublinhar é que a escola tem bom ensino, tem ofertas diferenciadoras e mantém uma situação estável, com algumas dificuldades é verdade, que não vêm de agora, mas vai continuar a funcionar com a qualidade que tem tido”, finalizou.

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