Rio Maior defende que novo Hospital do Oeste deve ser construído na zona das Caldas da Rainha
Filipe Santana Dias critica opção Bombarral para o novo Hospital do Oeste. Muitas freguesias do concelho de Rio Maior recorrem ao hospital das Caldas da Rainha.
As autarquias de Rio Maior, Caldas da Rainha e Óbidos defenderam, na Comissão de Saúde da Assembleia da República (AR), a reavaliação da decisão de construção do novo Hospital do Oeste no Bombarral. As três autarquias contestam o anúncio do anterior Governo socialista de construir o novo hospital do Oeste no Bombarral (distrito de Leiria), defendendo que o Governo de Luís Montenegro tem agora a oportunidade de reverter essa decisão.
Em Junho de 2023, o então ministro Manuel Pizarro anunciou que o futuro hospital será construído na Quinta do Falcão, no Bombarral, decisão que é também contestada por Rio Maior, já que várias freguesias desde concelho recorrem ao hospital das Caldas da Rainha. O presidente da câmara, Filipe Santana Dias (PSD), criticou que esse factor não tenha sido tido em conta no estudo que inclui entre a população alvo os concelhos de Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço e parte de Mafra (todos no distrito de Lisboa) quando, ”com as novas Unidades Locais de Saúde implementadas, nenhum faz parte da área de influência deste hospital”.
Os autarcas dizem que a escolha por uma zona entre as Caldas da Rainha e Óbidos também responde à necessidade de o novo hospital dar resposta a “milhões de turistas e milhares de trabalhadores sazonais” que visitam ou se radicam na região durante as campanhas da fruta. A escolha da localização teve por base um estudo encomendado pela Comunidade intermunicipal do Oeste (OesteCim), que apontava o Bombarral como a localização ideal. O novo hospital do Oeste substituirá o actual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha e de Peniche, no distrito de Leiria, e de Torres Vedras, no distrito de Lisboa. Estas unidades têm uma área de influência constituída por estes concelhos e os de Óbidos, Bombarral (ambos no distrito de Leiria), Cadaval e Lourinhã (no distrito de Lisboa) e de parte dos concelhos de Alcobaça (Leiria) e de Mafra (Lisboa), abrangendo 298.390 habitantes.