Dezasseis gatos chacinados no gatil de Vila Franca de Xira
Matança foi descoberta na manhã de domingo e o município diz a O MIRANTE que apresentou queixa-crime às autoridades e está a realizar averiguações internas para perceber em concreto o que aconteceu. Vereadora com o pelouro fala em “acto terrorista” e o PAN em erros graves de fiscalização.
O município de Vila Franca de Xira apresentou queixa nas autoridades depois de 16 gatos terem sido encontrados mortos, com sinais de extrema violência, dentro do gatil do Centro de Recolha Oficial (CRO) que o município tem em Castanheira do Ribatejo. À data de fecho desta edição as causas para o sucedido ainda estão a ser apuradas mas a convicção é de que alguém terá entrado nas instalações na noite de sábado, 28 de Setembro e abriu o gatil e uma box com cães situada ao lado, colocando as duas espécies em confronto directo. Os cães atacaram os gatos e só na manhã de domingo, 29 de Setembro, quando os técnicos do CRO chegaram ao espaço é que se depararam com a situação. Além dos 16 gatos que morreram estão também desaparecidos mais de uma dezena de animais.
“Quem entrou ilegalmente teve uma atitude criminosa. Estou mortificada com o que aconteceu. Estamos a fazer averiguações internas para perceber e accionámos logo todos os mecanismos que estavam ao nosso alcance”, explica a O MIRANTE Manuela Ralha, vereadora com o pelouro da saúde animal. A autarca, ainda em choque com a notícia, diz que os cadáveres dos animais foram enviados para autópsia mas parece estar descartada, por agora, a ideia de envenenamento. Também a probabilidade de ter havido erro humano não está, por agora, em cima da mesa, garantindo a autarca que ao fim-de-semana estão sempre dois responsáveis no CRO que fazem sempre, antes de sair, as vistorias ao fecho das boxes.
Entretanto o partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN) de Vila Franca de Xira, através do seu eleito na Assembleia Municipal de VFX, Nelson Simões Batista, já reagiu à situação lamentando o que diz ser uma “tragédia chocante” envolvendo “seres indefesos sob a responsabilidade pública”, situação que para o PAN exige uma resposta “rápida e esclarecedora de modo a apurar as causas e responsabilidades desta ocorrência inaceitável”. Nelson Simões Batista exige que o executivo da câmara municipal apresente, com carácter de urgência, uma explicação clara e detalhada sobre os acontecimentos. “O PAN exige a abertura de um inquérito que identifique as causas da tragédia e os responsáveis, garantindo que a justiça seja feita. Esta é uma questão que afecta a confiança pública nas instituições e na capacidade do município de proteger os mais vulneráveis”, refere.