Sociedade | 09-10-2024 15:00

No dia do concelho de Sardoal houve medalhas e elogios e apontaram-se velhos problemas

No dia do concelho de Sardoal houve medalhas e elogios e apontaram-se velhos problemas
Autarca Miguel Borges e ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante as comemorações do Dia do Concelho de Sardoal

Cerimónia que assinalou os 493 de elevação do concelho de Sardoal foi marcada pela entrega de distinções e medalhas de mérito concelhio e por palavras elogiosas ao presidente da câmara. Problemas na saúde não foram esquecidos.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, esteve presente nas cerimónias do Dia do Concelho de Sardoal, que assinala os 493 anos de elevação de Sardoal a vila. Durante o seu discurso, o governante deixou rasgados elogios ao presidente da Câmara de Sardoal, Miguel Borges (PSD), que afirmou ser um autarca extraordinário, de bom coração e com uma simpatia contagiante, sempre pronto a levar e defender o Sardoal a todos os cantos do poder, numa atitude entusiástica e incansável.
As comemorações, realizadas a 22 de Setembro, contaram com dezenas de pessoas, numa cerimónia que homenageou António Falcão, Pedro Machado e Fernando Rosa com as Distinções e Medalhas de Mérito Concelhio, além da distinção a funcionários da autarquia que completaram 25 anos ou mais de serviço. Na cerimónia estiveram presentes o presidente da câmara Miguel Borges, o presidente da assembleia municipal, Miguel Alves, e o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, além de vários dirigentes associativos, restantes vereadores do executivo municipal de Sardoal e o presidente do município de Mação, Vasco Estrela.
O presidente da assembleia municipal, Miguel Alves, abriu a sessão solene destacando o que de melhor o concelho tem. “Tem de se trabalhar pelo descentralismo e abandonar a ideia de que o Sardoal é interior e, por isso, longe de tudo. Temos bons acessos. Somos uma referência regional ao nível da cultura, com um tecido empresarial coeso e bom edificado. Queremos reverter o declínio da população e, por isso, temos trabalhado muito nesses aspectos e noutros como a qualidade de vida dos nossos habitantes e da segurança do concelho”, afirmou, sem esquecer o trabalho que tem sido feito na prevenção e combate a incêndios. Deixou ainda uma palavra ao associativismo local que, afirma, tem dito sempre presente e mostrado vontade de fazer mais e melhor.

“No Sardoal temos tempo para as coisas”
Também Miguel Borges elogiou o associativismo do concelho. “As pessoas querem andar para a frente por si e fazem por isso. Sem esperar fundos comunitários, como foi o caso do Grupo Desportivo Alcaravela que se voltou a reerguer após uma pausa e a quem desejamos um óptimo trabalho”, disse. O autarca afirmou ser um orgulho pertencer ao património político do concelho, com a nobre missão de contribuir para a felicidade dos munícipes, sem esquecer que também os autarcas devem estar felizes para fazer um bom trabalho. “Estar aqui nos 493 anos de história de um concelho com grande beleza e património e homenagear os técnicos e funcionários que tanto têm contribuído para o desenvolvimento local, é um orgulho. Numa altura em que cada vez as pessoas têm menos tempo para parar, desfrutar, ler um jornal, é muito enriquecedor ver que aqui no Sardoal não, temos tempo para as coisas e isso é fundamental para a felicidade de todos”, referiu.
Aproveitando a presença do Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, o presidente do município terminou com um apelo em prol dos serviços de saúde. “Há um problema, a nível regional e nacional, com a saúde. A falta de profissionais tem de ser combatida e resolvida. Temos falta de consultas, pessoas em filas de espera intermináveis e a morrer por diagnósticos errados ou em mau tempo. Temos feito propostas de solução nesse sentido e é urgente mudar o paradigma”, atirou Miguel Borges.
António Leitão Amaro lamentou a dificuldade de acesso à saúde, com a falta de médicos pelo país, em especial, a escassez de médicos de família. “Temos tentado lançar concursos para atrair mais médicos para os centros de saúde que não têm tanta capacidade de resposta. Uma opção é mobilizar médicos de clínicas e do sector privado, mas fica a garantia de que o governo tem tentado procurar soluções e aplicá-las no terreno”, disse o ministro.
Também a crise na educação, com a falta de professores, os problemas de habitação e o combate a incêndios foram temas abordados por António Leitão Amaro. “Tem-se falado muito e feito várias promessas ao longo dos anos. O trabalho é longo mas garanto que o Governo tem procurado soluções viáveis para as aplicar na prática. Queremos passar das palavras aos actos”, garantiu.

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