Sociedade | 09-10-2024 10:00

PCP defende estatuto de “Casa Nacional de Camões” em Constância

PCP defende estatuto de “Casa Nacional de Camões” em Constância
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, visitou Casa Memória de Camões, em Constância. fotoDR

Partido Comunista diz que a Casa Memória de Camões, em Constância, tem tudo para ter estatuto nacional, à semelhança do que acontecem em Espanha com a Casa Cervantes e em Inglaterra com a Casa Shakespeare.

O secretário-geral do PCP exige mais apoios à Associação Casa Memória e o “estatuto de Casa Nacional de Camões” em Constância, a exemplo do que sucede em Inglaterra e em Espanha com as Casas Shakespeare e Cervantes, respectivamente. É embaraçoso não haver [este estatuto] e devia ser objectivo dos 500 anos [das comemorações do nascimento do poeta]. Nós temos a Casa Memória, que pode e deve ser constituída como a Casa Nacional de Camões, aqui em Constância”, afirmou à Lusa Paulo Raimundo, no âmbito de uma visita à Casa Memória e ao jardim horto camoniano, instalados em Constância.
Tendo feito notar que o PCP tem uma “programação própria” para as comemorações do V Centenário de Camões, o secretário-geral do PCP disse que era obrigatório vir a Constância, onde visitou, acompanhado de dirigentes do partido, a Casa Memória, o jardim horto camoniano, a estátua em bronze de Lagoa Henriques instalada no centro histórico, com Camões virado para o rio, numa visita de cerca de duas horas conduzida por Máximo Ferreira, presidente da Associação Casa Memória de Camões. “Quisemos estar com a associação, conhecer e assinalar o papel determinante, o papel histórico, e o papel presente e futuro que este trabalho aqui feito em Constância pode e deve projectar, para interesse de Constância e para interesse nacional”, declarou.
A Casa Memória de Camões começou a ser pensada e construída há 50 anos, mas até hoje nunca foi aberta ao público e aos turistas, com actividades regulares, a exemplo do que sucede em outros países, com outras figuras históricas, como em Espanha, com a Casa Cervantes, ou em Inglaterra, com a Casa Shakespeare, estatuto que os sucessivos autarcas locais têm reivindicado. Sobre as ruínas que o povo aponta como tendo sido as da casa que o acolheu, foi erguida a Casa-Memória de Camões para perpetuar a memória do poeta à vila ribatejana.
Constância assinala há várias décadas, no dia 10 de Junho, o Dia de Camões, através das Pomonas Camonianas, a divindade romana dos pomares e dos jardins que Camões também cantou, com a deposição de uma coroa de flores junto à estátua do poeta e uma recriação histórica na zona ribeirinha, com o parque de merendas a ser transformado num imenso mercado quinhentista, retratando a época em que viveu o poeta, envolvendo a população, a comunidade escolar e as associações do concelho. Em Constância, existem ainda o Monumento a Camões do mestre Lagoa Henriques e o Jardim-Horto Camoniano, desenhado pelo arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, que apresenta a maior parte das plantas referidas por Camões na sua obra e é considerado um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta.

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