Município vai ordenar o encerramento de fábrica poluidora em Parceiros de Igreja
O vice-presidente da Câmara de Torres Novas adiantou que, depois dos resultados da vistoria, a Cratoliva não tem condições para continuar a laborar. Autarca disse que a empresa tem 60 dias para cessar a sua actividade em Parceiros de Igreja.
O relatório sobre o funcionamento da Cratoliva, empresa de Parceiros de Igreja que tem sido acusada de poluição pela população, já está concluído e o vice-presidente da autarquia anunciou, na última assembleia municipal, que o município vai ordenar o encerramento da fábrica porque não cumpre com os requisitos legais para continuar a laborar. Luís Silva leu um único parágrafo das conclusões da vistoria, que diz que “a Cratoloiva não possui condições para exercer actividade” e por isso a autarquia vai “decidir a cessação da actividade, dando um prazo dentro do exigido pela lei de 60 dias.
O assunto da Cratoliva, empresa que há uns meses foi visitada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tendo sido apreendidos 18.200 litros de óleo alimentar, foi levado para cima da mesa pelo deputado do Boco de Esquerda (BE), Rui Alves Vieira. O autarca deu conta que o seu partido enviou uma carta ao Governo sobre a poluição da fábrica e os constrangimentos que causa à população, nomeadamente em termos de saúde pública. Rui Alves Vieira adiantou que recebeu uma carta do gabinete da ministra do Ambiente a dizer que os níveis de emissão estão dentro dos limites legais. “Na carta só falta dizer que o povo de Parceiros de Igreja só anda a chatear o Governo”, afirmou, em tom irónico.
Assunto desenvolvido na próxima edição impressa de O MIRANTE.