Lezíria é caso único no fim de restrições caricatas no uso desfibrilhadores
Presidente da comunidade intermunicipal e da Câmara de Almeirim consegue que quem tem formação possa usar vários desfibrilhadores automáticos
A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) assinou um protocolo com a Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria para a uniformização da utilização dos equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa – DAE, que tem sido um dos exemplos de desorientação do Estado.
Este novo modelo, considerado único no país, segundo revela o presidente da CIMLT e da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro, permite que quem tem formação para utilizar os desfibrilhadores possa utilizar os que são colocados em funcionamento posteriormente.
Até agora quem tivesse formação para usar os DAE adquiridos num determinado momento, não podiam operar com os aparelhos que fossem disponibilizados numa outra altura, mesmo que sejam iguais, funcionem da mesma forma.
Para Pedro Ribeiro as limitações aos programas, que designam os momentos diferentes em que são colocados a funcionar os aparelhos, não faziam sentido, salientando que este protocolo vai permitir ultrapassar as complicações e “incentivar a formação de centenas ou milhares de pessoas, algo da maior importância para o sistema”.
O protocolo vai abranger nove municípios da comunidade intermunicipal, ficando de fora Benavente e Azambuja que pertencem à ULS do Estuário do Tejo.
Pedro Ribeiro agradece o esforço da directora clínica da ULS, que gere o hospital, Rita Paulos, em encontrar soluções.
O DAE é utilizado em casos de paragem cardiorrespiratória aplicando uma carga eléctrica no tórax com o objectivo de reverter a paragem cardíaca fazendo com que o coração volte a receber e bombear sangue. A sua utilização deve ser feita por médicos, mas pode ser feita por cidadãos com formação específica.
O Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa começou em 2009 com um decreto-lei que estabeleceu as regras para a utilização dos aparelhos.