Vão nascer 44 casas para jovens num terreno de um antigo bairro degradado de Santarém
O miradouro num dos extremos do planalto de Santarém, onde em tempos esteve implantado o degradado Bairro 16 de Março, vai dar lugar a uma urbanização com habitações para arrendamento acessível a jovens.
O demolido Bairro 16 de Março, em Santarém, vai dar lugar a uma urbanização com 44 apartamentos para arrendamento acessível a jovens, num projecto que resulta de uma parceria entre a Câmara de Santarém, autora do projecto, e o IHRU – Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. O financiamento das construções é assegurado a 100 por cento através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), enquanto o município fica com os encargos dos arranjos exteriores, referiu o presidente João Leite (PSD), que elogiou o projecto. O estudo prévio foi aprovado por unanimidade na reunião do executivo camarário de 30 de Setembro, seguindo-se agora a abertura de concurso para a concepção e construção.
O projecto é da autoria do arquitecto do município Pedro Gouveia e da sua equipa, tendo sido inicialmente desenhado com o objectivo de revitalizar o antigo Bairro 16 de Março (anteriormente designado Bairro Salazar), implantado no Monte dos Cravos, num dos extremos do planalto citadino que só tem como acesso a Rua General Humberto Delgado. A questão do acesso foi apontada como uma condicionante pelo vereador Nuno Domingos, que considera ser necessário encontrar alternativas.
Do projecto original que previa 32 fogos passou-se para 44 fogos, tendo as alterações sido já validados pelo IHRU, explicou Pedro Gouveia. O projecto inicial previa dois pisos acima do solo, mas decorrente das alterações solicitadas pelo IHRU e pelo próprio executivo camarário, optou-se por um empreendimento com três pisos acima do solo, mantendo os extremos dos quatro edifícios que compõem a urbanização com os inicialmente previstos dois pisos. Vão ser construídos 12 apartamentos T1, 20 T2 e 12 T3, servidos por 61 lugares de estacionamento. Os imóveis serão disponibilizados no mercado de arrendamento a preços acessíveis, após a conclusão da empreitada, que deve ter início em 2025.
A vereadora com o pelouro da Habitação Pública, Beatriz Martins, referiu que o arrendamento a preços acessíveis é uma das grandes preocupações dos jovens e este projecto vem colmatar uma necessidade identificada no concelho e tornar Santarém mais atractiva e acessível para todos os que pretendem iniciar a sua vida e percurso profissional em Santarém.
Já para João Leite, este projecto é fundamental para que a população jovem tenha acesso a uma habitação digna a um preço acessível, minimizando, desta forma, as dificuldades que os jovens com rendimentos mais baixos ou intermédios estão a sentir para terem habitação própria.