Cinco anos depois Segurança Social de Santarém volta a fechar por problemas no ar sem explicação
Cinco anos depois de um problema com o ar que se respira nas instalações mais recentes que a Segurança Social tem em Santarém, a situação repete-se sem que se perceba a sua origem e depois de terem sido feitos investimentos na ventilação e extracção do ar.
O edifício onde funciona o atendimento ao público está encerrado e o Instituto da Segurança Social garante que vão ser feitas análises técnicas no espaço mais uma vez.
Cinco anos depois os serviços de atendimento da Segurança Social em Santarém voltaram a ter problemas com o ar no edifício, que obrigaram ao seu encerramento, mesmo depois de um investimento avultado em sistemas de ventilação e extracção de ar que foram instalados há quatro anos. A questão é que desde essa altura e agora neste novo episódio não se sabe qual é o problema. O Instituto da Segurança Social garante a O MIRANTE que vão ser feitas análises técnicas para se determinar a origem do problema, quando já há quatro anos não se conseguiu chegar a conclusões. Renato Bento era o director do Centro Distrital de Segurança Social na altura e recorda que se chegou a pedir a intervenção do Instituto Ricardo Jorge, que não detectou elementos nocivos no ar do edifício.
Renato Bento, contactado por O MIRANTE recorda que há cinco anos chegou ao serviço para uma reunião e viu os trabalhadores todos no exterior por causa de um cheiro que não conseguia identificar e que era mais intenso na zona do auditório. Tal como agora, os bombeiros fizeram medições no local e não havia presença de gases no interior nem havia problemas com os ares condicionados. O dirigente recorda que o cheiro aparecia mais no primeiro andar do edifício e na zona do auditório que era usado menos vezes e até se optou por substituir a alcatifa do piso e as placas das paredes. Depois de instalados os sistemas de ventilação e extração foram dadas indicações para que o sistema estivesse sempre ligado quando os serviços estavam a funcionar. Renato Bento, que deixou as funções em Agosto, continua sem perceber o que se passa nem se o facto de passarem umas condutas de esgoto por baixo do edifício tem alguma influência.
Os serviços, na Avenida Grupo de Forcados Amadores de Santarém, no espaço mais novo dos que a entidade tem na cidade, encontram-se fechados desde 1 de Outubro por tempo indeterminado, tendo sido reforçados os serviços de atendimento dos concelhos vizinhos de Almeirim, Cartaxo, Benavente, Chamusca e Salvaterra de Magos. O Instituto da Segurança Social sublinha que foi decidido encerrar os serviços pela questão de garantir as condições ideais de segurança aos trabalhadores. O centro distrital está a fazer contactos com o Instituto Português do Desporto e Juventude que tem um edifício contiguo para uma eventual transferência temporária para esse local de modo a reabrir o atendimento ao público.
Recorde-se que uma funcionária teve de ser transportada ao hospital com náuseas e dores de cabeça. Segundo disse a O MIRANTE o adjunto-técnico dos Sapadores Bombeiros Santarém, Filipe Almeirante, o alerta foi dado às 11h15 para uma fuga de gás, mas no local os valores no equipamento estavam a zero, colocando-se a hipótese de o problema estar no sistema de ar-condicionado ou em “gás metano libertado pelos esgotos”, tendo-se aconselhado a arejar o local.