Sociedade | 12-10-2024 12:00

Cinco anos depois Segurança Social de Santarém volta a fechar por problemas no ar sem explicação

Cinco anos depois Segurança Social de Santarém volta a fechar por problemas no ar sem explicação
Têm sido muitos os cidadãos que se têm deparado com as portas fechadas da Segurança Social em Santarém

Cinco anos depois de um problema com o ar que se respira nas instalações mais recentes que a Segurança Social tem em Santarém, a situação repete-se sem que se perceba a sua origem e depois de terem sido feitos investimentos na ventilação e extracção do ar.

O edifício onde funciona o atendimento ao público está encerrado e o Instituto da Segurança Social garante que vão ser feitas análises técnicas no espaço mais uma vez.

Cinco anos depois os serviços de atendimento da Segurança Social em Santarém voltaram a ter problemas com o ar no edifício, que obrigaram ao seu encerramento, mesmo depois de um investimento avultado em sistemas de ventilação e extracção de ar que foram instalados há quatro anos. A questão é que desde essa altura e agora neste novo episódio não se sabe qual é o problema. O Instituto da Segurança Social garante a O MIRANTE que vão ser feitas análises técnicas para se determinar a origem do problema, quando já há quatro anos não se conseguiu chegar a conclusões. Renato Bento era o director do Centro Distrital de Segurança Social na altura e recorda que se chegou a pedir a intervenção do Instituto Ricardo Jorge, que não detectou elementos nocivos no ar do edifício.
Renato Bento, contactado por O MIRANTE recorda que há cinco anos chegou ao serviço para uma reunião e viu os trabalhadores todos no exterior por causa de um cheiro que não conseguia identificar e que era mais intenso na zona do auditório. Tal como agora, os bombeiros fizeram medições no local e não havia presença de gases no interior nem havia problemas com os ares condicionados. O dirigente recorda que o cheiro aparecia mais no primeiro andar do edifício e na zona do auditório que era usado menos vezes e até se optou por substituir a alcatifa do piso e as placas das paredes. Depois de instalados os sistemas de ventilação e extração foram dadas indicações para que o sistema estivesse sempre ligado quando os serviços estavam a funcionar. Renato Bento, que deixou as funções em Agosto, continua sem perceber o que se passa nem se o facto de passarem umas condutas de esgoto por baixo do edifício tem alguma influência.
Os serviços, na Avenida Grupo de Forcados Amadores de Santarém, no espaço mais novo dos que a entidade tem na cidade, encontram-se fechados desde 1 de Outubro por tempo indeterminado, tendo sido reforçados os serviços de atendimento dos concelhos vizinhos de Almeirim, Cartaxo, Benavente, Chamusca e Salvaterra de Magos. O Instituto da Segurança Social sublinha que foi decidido encerrar os serviços pela questão de garantir as condições ideais de segurança aos trabalhadores. O centro distrital está a fazer contactos com o Instituto Português do Desporto e Juventude que tem um edifício contiguo para uma eventual transferência temporária para esse local de modo a reabrir o atendimento ao público.
Recorde-se que uma funcionária teve de ser transportada ao hospital com náuseas e dores de cabeça. Segundo disse a O MIRANTE o adjunto-técnico dos Sapadores Bombeiros Santarém, Filipe Almeirante, o alerta foi dado às 11h15 para uma fuga de gás, mas no local os valores no equipamento estavam a zero, colocando-se a hipótese de o problema estar no sistema de ar-condicionado ou em “gás metano libertado pelos esgotos”, tendo-se aconselhado a arejar o local.

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