Sociedade | 19-10-2024 10:00

Alunos de escola de Benavente sentem-se inseguros quando fazem trajecto para as aulas de Educação Física

Alunos de escola de Benavente sentem-se inseguros quando fazem trajecto para as aulas de Educação Física
Pais de crianças importunadas por comunidade estrangeira em Benavente pedem soluções para pôr termo a medo nos caminhos para as piscinas e o pavilhão gimnosdesportivo

Escola EB 2,3 Duarte Lopes, em Benavente, não tem pavilhão coberto para a prática da disciplina, o que obriga os estudantes a percorrer 350 metros a pé até ao pavilhão gimnodesportivo da Casa do Povo ou 750 metros no caso das Piscinas Municipais.

Os alunos da Escola EB 2,3 Duarte Lopes, em Benavente, têm relatado um clima de insegurança aos encarregados de educação durante os percursos para as aulas de Educação Física, que têm lugar no Pavilhão Gimnodesportivo da Casa do Povo e nas Piscinas Municipais, que se localizam a algumas centenas de metros da escola.
Esta preocupação ganhou eco através da vereadora Sónia Ferreira (PSD), que na última reunião de câmara de Benavente apelou a uma intervenção urgente dos responsáveis para apurar o que se está a passar nessa zona da vila. “Estas crianças, com idades entre os 9 e os 15 anos, têm sido abordadas e provocadas por imigrantes. Têm medo de se deslocar sozinhas para as actividades, pois não são acompanhadas por assistentes operacionais. Este é um tema que preocupa os pais e que nos deve preocupar a todos”, afirmou a autarca, que revelou partilhar das mesmas preocupações enquanto mãe de uma aluna.
Sónia Ferreira sublinha que a segurança nos trajectos escolares deve ser reforçada e advertiu para o risco de desvalorização do problema: “Nós temos essa responsabilidade juntamente com a GNR de perceber exactamente o que se passa e agir antes que aconteça algo de grave. Não podemos permitir que as crianças deixem de se sentir seguras nas suas deslocações diárias”, disse.
A vereadora lamentou ainda que o pavilhão desportivo da escola esteja por construir há mais de 20 anos e recorda, enquanto estudante, de fazer esses trajectos para as aulas de Educação Física. “São outros tempos e outras realidades, mas não se evoluiu rigorosamente nada”, conclui.
O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), disse desconhecer a situação, mas garantiu que será averiguada: “Temos o programa Escola Segura que tem de intervir nestas situações. Além disso, a própria escola tem a gestão do pessoal não docente. Não deixaremos de fazer esse contacto e perceber o que está a acontecer”. Também a vereadora Catarina Vale (CDU) manifestou preocupação com o relato deixado por Sónia Ferreira, mas garantiu desconhecer a situação: “Temos uma relação próxima com o Agrupamento de Escolas de Benavente e irei procurar perceber o que está em causa”.

Pais partilham preocupações
Alguns pais de alunos partilharam os seus receios de forma mais explícita. Fábio Cardoso, pai de dois estudantes do 7.º e 8.º ano, relatou a O MIRANTE que, recentemente, colegas do seu filho “fugiram de um carro” com pessoas de nacionalidade estrangeira. “Os miúdos entraram em pânico e vieram até à escola procurar refúgio. Eles são perseguidos durante o trajecto entre a escola e as piscinas. Isto não pode continuar, é preciso que alguém ponha fim a isto”, afirmou.
O progenitor diz ainda que estes episódios contribuem para o medo entre “crianças, que pelas idades que têm, não se sabem defender de adultos” e, por outro lado, “eles não querem vir à escola” com receio. Acrescenta que “a escola tem informação do que se passa”. Carina Almeida, mãe de uma aluna, reforçou a gravidade da situação, afirmando que a escola está ciente do problema. “Já há bastante tempo que se sugeriu a aquisição de um minibus para assegurar os trajectos, mesmo recorrendo a um peditório, mas nada foi feito. Em vez de festas e tasquinhas, a vila devia-se preocupar mais com a segurança das crianças”, vinca a encarregada de educação.

Conselho Municipal de Educação quer mais pessoal não docente

O Conselho Municipal de Educação de Benavente reuniu, no dia 9 de Outubro, e realçou a necessidade mais pessoal não docente e especializado nos estabelecimentos de ensino. Os parceiros decidiram fazer uma recomendação relativa à afectação do pessoal não docente, com o objectivo de manifestar a necessidade de revisão da portaria que regula o rácio de pessoal não docente nas escolas.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1686
    16-10-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1686
    16-10-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo