Condenados por tráfico de droga antigo dono de Restaurante na Tapada e ex-funcionário de bar
Os dois arguidos, que se conheceram no bar de alterne La Siesta no Vale de Santarém, ajudavam-se no negócio da venda de droga a pelo menos duas dezenas de consumidores e foram detidos em 2023 na sequência de escutas telefónicas e vigilâncias.
Um ex-funcionário do Bar La Siesta no Vale de Santarém e o antigo dono do restaurante Tapadão, na Tapada, Almeirim, que se ajudavam na venda de droga, foram condenados a prisão de cinco anos e nove meses e de três anos e dez meses, respectivamente. O ex-funcionário do bar de alterne, de 44 anos, que esteve emigrado na Dinamarca e na Suécia, segundo ficou provado em tribunal, conheceu o empresário do restaurante em contexto de trabalho.
Os dois arguidos vendiam droga a pelo menos duas dezenas de consumidores, entre os quais um toureiro da região e outras pessoas conhecidas, sendo que o ex-dono do Tapadão, Alfredo Monteiro, vendia os produtos estupefacientes no próprio estabelecimento. O ex-funcionário do bar do Vale de Santarém, de 44 anos, César Lérias, que também vendia cocaína, heroína e haxixe na sua residência em Almeirim, estava acusado de traficar desde Julho de 2022 até à sua detenção, em Outubro 2023, quando foi também detido o seu companheiro de negócios de estupefacientes.
Segundo estava referido na acusação, o funcionário do La Siesta vendia cocaína perto do bar a vários consumidores, alguns com uma frequência diária e mais que uma vez por dia. O ex-dono do Tapadão escondia a droga em zonas de mato, sendo que um dos esconderijos do produto era um areeiro na Estrada Nacional 368 entre a localidade do concelho de Almeirim e a vila de Alpiarça. O empresário já tem antecedentes por tráfico de estupefacientes, tendo esta sido a sua sétima condenação.
A investigação, feita pela PSP de Santarém, teve por base escutas telefónicas e dezenas de fotografias das vigilâncias, entre outras provas como os autos das buscas em que foram apreendidos materiais ligados ao tráfico bem como estupefacientes. Para o julgamento foram convocadas 24 testemunhas, entre as quais três polícias que fizeram a investigação.