Médio Tejo promoveu primeiro Encontro de Bibliotecas Públicas
“Afirmar as Bibliotecas Públicas do Médio Tejo nos 50 anos do 25 de Abril” foi o mote do primeiro Encontro das Bibliotecas Públicas, que decorreu no passado dia 11 de Outubro, no cineteatro de Constância.
Perante uma sala composta de bibliotecários e técnicos da área, o primeiro Encontro de Bibliotecas Públicas do Médio Tejo foi um momento de partilha e de reflexão conjuntas sobre a actualidade e os desafios daqueles espaços culturais. A sessão, que decorreu no cineteatro de Constância, contou com a representante da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Sandra Dias, do representante do ministério da Cultura, Luís Santos, da vice-presidente do município de Constância, Helena Roxo, e em representação da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, o presidente do município de Sardoal, Miguel Borges.
Sandra Dias foi a primeira a usar da palavra referindo que “as redes viabilizam um trabalho integrado e colaborante entre todos (…) É assim fundamental continuar a desenvolver projectos integrados e em rede que contribuem para a afirmação das bibliotecas públicas nas suas regiões”. Luís Santos deixou alguns dados numéricos relevantes: “Portugal tem 308 concelhos, 303 bibliotecas instaladas e 257 bibliotecas integrantes, portanto, cerca de 84% do território nacional na rede nacional das bibliotecas públicas”, disse.
Exaltando os 50 anos do 25 de Abril, Helena Roxo afirmou que “importa salientar o papel relevante que as bibliotecas têm exercido como ponto privilegiado de acesso à informação e ao conhecimento, no estímulo ao pensamento crítico, bem como ao combate à iliteracia ainda existente”. Miguel Borges transmitiu uma preocupação, referindo que “os bibliotecários, os técnicos e os políticos têm uma grande responsabilidade nos dias que correm porque hoje o nosso grande inimigo, quando falamos de promoção cultural, é o tempo (…) Nós vivemos numa sociedade cada vez mais desenfreada, concorrencial, onde não temos tempo para nada (…) não temos tempo para ler, para ir ao cinema, para ir ao teatro e para ir à biblioteca (…) precisamos de tempo para reflectir (…) para alcatroar os caminhos do conhecimento cultural”, evidenciou.