Escolas católicas debateram “identidade” em congresso nacional em Fátima
Existem 122 escolas católicas no país e mais de 66 mil alunos. Fátima recebeu segunda edição do II Congresso Nacional da Escola Católica.
Representantes de mais de uma centena de escolas católicas nacionais reuniram-se em Fátima para discutirem a identidade dos estabelecimentos de ensino que congregam mais de 66 mil alunos em Portugal. O II Congresso Nacional da Escola Católica, organizado conjuntamente pela Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) – que está a comemorar os 25 anos da sua fundação - e pelo Secretário Nacional da Educação Cristã (SNEC) teve como fio condutor o “Pacto Educativo Global”, proposto pelo Papa Francisco em 12 de Setembro de 2019.
Na mensagem divulgada nesse dia, o pontífice apontava para a necessidade de uma “aliança entre todos os componentes da pessoa: entre o estudo e a vida; entre as gerações; entre os professores, os alunos, as famílias e a sociedade civil, com as suas expressões intelectuais, científicas, artísticas, desportivas, políticas, empresariais e solidárias”. “Uma aliança entre os habitantes da terra e a ‘casa comum’, à qual devemos cuidado e respeito. Uma aliança geradora de paz, justiça e aceitação entre todos os povos da família humana, bem como de diálogo entre as religiões”, acrescentou Francisco.
No congresso desta semana, em Fátima, as escolas católicas portuguesas, discutiram os compromissos do pacto proposto pelo Papa, “centrados na ‘pessoa’ – que deve estar no centro de tudo, tendo como referência a Pessoa de Jesus Cristo – e com a especial preocupação nas gerações mais novas, nas famílias, nos mais vulneráveis, no mundo complexo da economia e da política, na (…) casa comum”, sublinhou Jorge Cotovio, secretário-geral da APEC. Os trabalhos, porém, visam também promover “a identidade e a missão da Escola Católica e afirmar o seu papel marcante e insubstituível nos tempos actuais”, adiantou Jorge Cotovio num texto divulgado na página da APEC na Internet, sublinhando que “as 122 escolas católicas, os 5.300 educadores docentes, os 3.300 educadores não docentes e os mais de 66.000 alunos (…) todos, em conjunto, são um tesouro que urge estimar, apoiar e promover”.