Sociedade | 22-10-2024 15:00

Pais preocupados com insegurança e demora das obras em creche de Santo Estêvão

Pais preocupados com insegurança e demora das obras em creche de Santo Estêvão
Centro de Bem Estar Social de Santo Estêvão assegura que a segurança das crianças está salvaguardada

Encarregados de educação apontam algumas falhas na manutenção da creche do Centro de Bem Estar Social de Santo Estêvão, mas realçam ambiente positivo. Instituição tem todas as questões identificadas e aguarda intervenções das empresas, que têm atrasado os trabalhos por falta de mão-de-obra.

Os pais das crianças que frequentam a creche do Centro de Bem Estar Social de Santo Estêvão, no concelho de Benavente, estão preocupados com a segurança das instalações e a demora na conclusão de obras, que se arrastam há vários meses. Entre as principais queixas está o funcionamento do portão de entrada, a falta de manutenção do pátio e a permanência de estruturas provisórias a sustentar a pala do edifício.
Carina Almeida, mãe de Rodrigo e Clara Martins, recorda uma reunião realizada no mês passado, na qual vários encarregados de educação expressaram a sua apreensão relativamente à creche. “Nós tivemos uma reunião em Setembro, de início do ano lectivo, onde fizemos alguns alertas e queixas do que pode ser melhorado na creche, entre elas a porta no interior do espaço. Já aconteceu no Inverno passado, e nós tínhamos de dar a volta à creche, à chuva e ao vento, para deixar os nossos filhos”, conta.
No dia 9 de Outubro, a intempérie tornou o acesso ainda mais difícil, forçando os pais a dar a contornar o edifício para deixar os filhos pela porta de trás. “Com a chuva e o vento que esteve, a situação foi ainda mais notada, mas no dia seguinte ficou resolvido com a instituição a permitir o acesso pela porta principal”, refere Carina Almeida. A creche comunicou aos pais que o portão da creche permanece aberto durante os períodos de maior afluência dos encarregados de educação – entre as 08h00 e as 09h40, e das 15h30 às 19h00.
Antes de uma avaria verificada num aparelho, o acesso era controlado através da digitação de um código, mas o equipamento já não funciona desde o final do ano lectivo passado. “O que mais me preocupa não é tanto a questão do código de acesso, mas sim a pala do edifício, que está sustentada por escoras há meses. Na reunião disseram-nos que foi feita uma vistoria e que estava tudo bem, mas se está tudo em conformidade, porque continua a estrutura aqui colocada?” questiona.
Outra mãe, Rita Rolo, também partilha das mesmas inquietações, referindo que as obras por fazer têm vindo a acumular-se, o que tem aumentado o sentimento de preocupação entre os pais. “A nós o que nos incomoda é o facto da porta estar sempre aberta, o que nos dá alguma insegurança. E depois há as obras que já deviam ter sido feitas há muito tempo, e tudo se vai acumulando. Estamos quase a chegar ao Inverno e não está nada feito”, conta. Teresa Soares, mãe de Vasco, sublinha a necessidade de se arranjar o portão e o pátio com urgência, apontando que as condições actuais colocam em risco tanto os pais como as crianças.

Instituição admite dificuldades por falta de mão-de-obra
Paula Rita, administrativa e tesoureira da direcção do Centro de Bem Estar Social de Santo Estêvão, afirma que a direcção está consciente dos problemas e que as obras já estão adjudicadas, mas há dificuldades para finalizar os trabalhos por parte das empresas. “Temos boa vontade em que tudo se concretize. Desde há três ou quatro meses que andamos a tentar resolver, infelizmente há demoras que não dependem de nós, mas as empresas têm tido dificuldades ao nível da mão-de-obra”, justifica.
A directora técnica da creche, Helena Joaquim, garante que a segurança das crianças está salvaguardada e que não há risco de queda da pala, como indicam os relatórios técnicos. “A obra da pala arrasta-se há um ano, mas não há qualquer risco de queda. Temos todos os relatórios e uma declaração escrita do engenheiro que nos assegura isso. A pala está ali desde 2010, altura em que a creche foi construída”, acrescenta. Quanto ao portão, Helena Joaquim referiu que o equipamento está dentro da garantia e que a instituição aguarda a resposta da empresa responsável para reparação ou substituição.

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