Sociedade | 27-10-2024 21:00

Alunos de Azambuja proibidos de festejar o Halloween na escola

Festejos alusivos à celebração, inclusive pinturas faciais, estão proibidos pelo conselho pedagógico para alunos, funcionários e professores do Agrupamento de Escolas de Azambuja. Decisão está a gerar indignação entre a comunidade escolar. Directora diz que é para “salvaguarda” dos mais sensíveis.

A direcção do Agrupamento de Escolas de Azambuja proibiu os alunos de festejarem o Halloween nas escolas. A decisão está a causar indignação entre alunos e encarregados de educação que não compreendem os motivos de tal decisão que classificam de opressora. Essa celebração, também conhecida como o Dia das Bruxas, assinala-se a 31 de Outubro e foi ganhando popularidade em Portugal, sobretudo entre os mais novos.
Ao nosso jornal, uma encarregada de educação refere que a sua filha quer ir mascarada e que não sabe como lhe vai explicar que não o pode fazer porque a escola o proíbe. É um caso, considera, que pode ser comparado aos tempos de ditadura em que não havia liberdade.
Na comunicação à comunidade escolar, assinada pela directora, Madalena Tavares, lê-se que “não serão aceites quaisquer festas ou actividades de Halloween em nenhuma das escolas do agrupamento”, estando inclusive proibidas “decorações alusivas à entrada das escolas, salas portas ou bibliotecas”. De igual modo, refere a directora, “nem os alunos nem o pessoal docente ou não docente poderão vir mascarados ou maquilhados alusivamente a esse dia”.
Como justificação para tal decisão, tomada pelo conselho pedagógico, Madalena Tavares explica que é para “salvaguarda de todas as crianças e alunos mais susceptíveis”. O MIRANTE contactou a directora a pedir mais esclarecimentos mas não obtivemos resposta até à data de fecho desta edição.

O triste episódio do esfaqueamento de seis alunos
Foi neste agrupamento de escolas, recorde-se, que a 17 de Setembro um aluno de 12 anos esfaqueou seis colegas na Escola Básica de Azambuja. As aulas não foram suspensas e, no dia seguinte ao ataque, pelo menos 130 alunos não foram à escola. Sobre este tema, Madalena Tavares não se pronunciou publicamente, dizendo estar impedida pelo Ministério da Educação de prestar declarações. Numa das últimas reuniões públicas do executivo da Câmara de Azambuja, a vereadora com o pelouro da Protecção Civil, Ana Coelho, disse que continuava a ser prestado apoio psicológico à comunidade escolar na sequência do esfaqueamento.

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