Sociedade | 28-10-2024 18:00

Depois de muita polémica Entroncamento vai investir 4,8 milhões na reabilitação urbana e nova biblioteca

Depois de muita polémica Entroncamento vai investir 4,8 milhões na reabilitação urbana e nova biblioteca
Projecto de reabilitação urbana vai permitir melhorar acessos ao Museu Nacional Ferroviário e à estação ferroviária do Entroncamento

Depois de muita polémica com os vereadores da oposição, executivo municipal aprovou a adjudicação da reabilitação urbana e da nova biblioteca por 4,8 milhões de euros.

A Câmara do Entroncamento aprovou a adjudicação da reabilitação urbana da zona junto ao Museu Nacional Ferroviário, obra que inclui uma nova biblioteca, por 4,8 milhões de euros. “É um projecto muito importante, na medida em que constitui uma componente fundamental da reabilitação urbana de toda aquela zona junto ao Museu Nacional Ferroviário (MNF) e a chamada reta dos Quartéis, em que vamos aí criar uma nova centralidade com uma nova biblioteca”, disse à Lusa o presidente do município, Jorge Faria. A empreitada foi adjudicada à empresa Vomera e tem um apoio financeiro de 3,4 milhões do Programa Regional Centro 2030.
Denominada de “Nova Centralidade na Zona Norte (ARU 1) – Biblioteca Municipal do Entroncamento”, foi aprovada com os votos favoráveis do PS e PSD e o voto contra do vereador eleito pelo Chega, agora independente, Luís Forinho. A obra implica ainda um investimento de cerca de 1 milhão de euros por parte da Câmara Municipal para aquisição de terrenos e elaboração do projecto, representando um investimento global de 5,8 milhões. O projecto da nova centralidade zona norte (ARU 1) inclui a requalificação urbana com a ligação pedonal entre a Rua Elias Garcia com áreas verdes e de lazer, a criação de uma praça frente ao MNF, um “parque de estacionamento subterrâneo livre, libertando outros estacionamentos da cidade”, e um edifício para uma “biblioteca moderna e funcional”, com várias salas e equipamentos multiúsos. O projecto “vai também permitir melhor acesso” ao MNF e à estação ferroviária, com um parque de estacionamento subterrâneo que “apoiará as pessoas que se dirigem à estação pelo lado norte”, e que “vai reduzir, inclusive, o trânsito automóvel dentro da cidade”.
O projecto de requalificação urbana, que engloba a construção do novo edifício da biblioteca, acompanha a requalificação urbana da Rua Ferreira Mesquita, do Bairro Camões, das habitações do Bairro Vila Verde (em curso) e do Bairro do Boneco (em curso) para implementação do Centro de Documentação Nacional Ferroviário, do Núcleo Museológico e do Centro de Ciência Viva (em curso). A empreitada apresenta um prazo de execução de 18 meses, a partir do acto de consignação.
Na reunião extraordinária, composta por dois pontos, foi ainda aprovada, também por maioria, a adjudicação por 1,2 milhões de euros da empreitada de acessibilidades, remodelação de cozinhas e instalações sanitárias de 64 fogos integrados em quatro lotes habitacionais municipais, de quatro pisos cada.

Uma novela com vários episódios
Depois de muita polémica, numa reunião extraordinária do executivo do Entroncamento em Fevereiro deste ano, o PS e o principal partido na oposição (PSD) entenderam-se o que permitiu a aprovação do projecto da nova centralidade e biblioteca. Rui Madeira, vereador do PSD, disse que os vereadores social-democratas valorizam a cultura e acredita que a nova biblioteca vai potenciar o desenvolvimento daquela área no concelho. Recorde-se que o mesmo vereador, em Agosto do ano passado votou contra o projecto da nova centralidade e construção de um novo edifício da biblioteca municipal por considerar que, no caso da última, o espaço devia ser mais abrangente e incluir outras actividades que não só funções de repositório e empréstimo de livros. Na altura, a principal razão para o voto contra de Rui Madeira incidiu nos desenhos projectados para a largura da rua impedindo a sugestão apresentada há cerca de um ano pelo PSD, que pretende a criação de uma circular externa aos eixos centrais da cidade que permitisse o escoamento do tráfego proveniente da A23. Outras das razões prendia-se com a forma como o projecto vai ser financiado.

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