Sociedade | 29-10-2024 21:00

Escuteiros de Samora Correia remodelam sede e preparam-se para o futuro

Escuteiros de Samora Correia remodelam sede e preparam-se para o futuro
Arrancou o ano escutista em Samora Correia com a sua sede remodelada

Novo ano escutista já arrancou em Samora Correia com 80 jovens elementos e chefe do Agrupamento 1127 está ciente dos desafios que a colectividade enfrenta face ao esperado crescimento populacional. Remodelação da sede era anseio antigo.

O Agrupamento 1127 do Corpo Nacional de Escutas (CNE) de Samora Correia, liderado há sete anos por Nuno Jacinto José, concluiu recentemente a remodelação da sua sede, um projecto ambicionado há vários anos. “Estou no meu último mandato à frente do agrupamento, foram anos desafiantes, sobretudo porque comecei a liderar um ano antes da pandemia de Covid-19”, diz o chefe, natural de Samora Correia, onde viveu toda a sua vida. Com 51 anos, Nuno Jacinto José é uma figura activa na comunidade local, tendo sido músico na Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS) durante 35 anos. “Sempre participei em todas as actividades da terra, adoro Samora Correia”, afirma.
A sede do agrupamento passou por uma remodelação do espaço existente, resultado de um esforço conjunto entre escuteiros, pais e a empresa Vendap, que forneceu contentores a um preço acessível para ampliar o espaço. “Agora temos salas dedicadas e com espaço para cada secção: lobitos, exploradores, pioneiros e caminheiros, o que nos permite organizar melhor as actividades”, refere o chefe. A remodelação incluiu também a criação de uma sala de reuniões e uma zona de trabalho para a direcção.
Além disso, o agrupamento tem promovido a solidariedade, disponibilizando uniformes em segunda mão para famílias que enfrentam dificuldades económicas. “Os pais podem doar roupas que já não sirvam aos filhos, e quem precisa pode levá-las sem qualquer problema. Pedimos apenas, se possível, que contribuam com um pacote de arroz ou massa para a Cáritas Paroquial”, revela o dirigente.
O espírito de colaboração estende-se também à Paróquia de Samora Correia, proprietária do espaço onde o agrupamento está sediado. “Temos uma relação muito próxima com a paróquia. Usamos o forno que lá existe para fazer pão com chouriço mensalmente, como forma de angariar fundos para as nossas actividades, mas a paróquia pode utilizá-lo e, por outro lado, também colaboramos em obras de manutenção, como agora acontece com a reparação de um muro”, disse Nuno Jacinto José.
O Agrupamento 1127 conta actualmente com cerca de 80 elementos e 15 adultos, mas está preparado para crescer, especialmente com o aumento da população em Samora Correia e a possibilidade de construção do novo aeroporto na freguesia. “Sabemos que a freguesia está a crescer, e se tivermos mais famílias a chegar, teremos de ter capacidade para receber mais escuteiros”, disse Nuno Jacinto José, acrescentando que o crescimento depende também de atrair mais adultos para o voluntariado. “É difícil, porque este é um compromisso diário, que exige muita disponibilidade, mas quanto mais formos, mais fácil será fazer a gestão”, vinca.
Uma das grandes dificuldades apontadas pelo chefe escuteiro é a falta de espaços de campo para as actividades ao ar livre. “Gostaríamos de ter um espaço próprio, mas tudo o que existe é privado ou reservado para outros fins. Estamos a tentar, em conjunto com a câmara municipal e a junta de freguesia, encontrar uma solução”, afirma, destacando ainda a recente parceria com o Centro Escutista do Fundão, que permite ao agrupamento utilizar o espaço gratuitamente em troca de pequenas melhorias.
Com o início do novo ano escutista, o agrupamento já realizou a cerimónia de passagem de secções e prepara-se para uma série de eventos, como o magusto em Novembro e o Festival das Sopas em Março. Em Fevereiro de 2025, terá lugar a cerimónia das promessas, um dos momentos mais importantes do calendário escutista.
Apesar dos desafios, o líder do Agrupamento 1127 acredita no poder da educação escutista para preparar os jovens para a vida. “A nossa metodologia assenta no aprender fazendo, em pequenos grupos organizados, onde cada um tem uma função específica. É assim que os jovens ganham valências para enfrentar as dificuldades do futuro”, conclui.

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