Cartaxo e Azambuja debateram migração no Dia Municipal para a Igualdade

Os imigrantes são 8% da população do concelho de Azambuja e no Cartaxo, só este ano, entraram para as escolas do concelho 200 alunos estrangeiros. Foi sobre a temática das migrações, desafios e oportunidades, que os concelhos vizinhos Cartaxo e Azambuja se debruçaram no Dia Municipal para a Igualdade.
Os municípios do Cartaxo e Azambuja assinalaram em conjunto, pela terceira vez consecutiva, o Dia Municipal para a Igualdade, desta vez com um seminário sobre migração para reforçar o compromisso de ambas as autarquias com a promoção da igualdade e da inclusão social, focando-se no reconhecimento e valorização da diversidade. O presidente da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA), Pedro Portugal Gaspar, apresentou os dados do concelho de Azambuja que revelam uma percentagem de imigrantes de 8% - abaixo da média nacional de 10% e de Lisboa, que é de 18% -, reflectida em mais de 20 nacionalidades, sendo as maiores comunidades no concelho de Azambuja a brasileira (46%) e a ucraniana (22%).
O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, relembrou que o CLAIM – Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes funciona desde 2004 em Azambuja e que os fenómenos migratórios no concelho se explicam pelas actividades agropecuária e logística existentes e a proximidade à capital. O presidente da Câmara do Cartaxo, João Heitor, interveio reconhecendo que a sustentabilidade dos territórios "está muito dependente dos imigrantes” e fez referência aos acontecimentos na Cova da Moura como “um mau trabalho que fizemos de integração”.
“Passados 20 ou 30 anos alguns deles provavelmente já têm filhos e ainda não se sentem portugueses”, referiu João Heitor, acrescentando que é necessário avaliar as necessidades de cada pessoa. A vereadora da Câmara do Cartaxo com o pelouro da acção social, Fátima Vinagre, revelou que só este ano entraram para as escolas do concelho 200 alunos estrangeiros, prevendo-se ainda um aumento com a chegada alunos brasileiros que normalmente só vêm no final do ano e início de Janeiro.
Notícia mais detalhada na próxima edição semanal de O MIRANTE.