Chamusca paga para pertencer a associação de vinhos com adega abandonada e sem produtores
Município gastou milhares de euros em quotas e em despesas de representação na Associação de Municípios do Vinho, aparentemente sem proveitos. Campos têm menos vinhas e a antiga adega está fechada há quase duas décadas.
A Câmara Municipal da Chamusca paga, desde 2015, mais de 1500 euros por ano para pertencer à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) embora actualmente não se conheça nenhum produtor de vinho no concelho. Para além disso, numa das entradas da vila, está um “mamarracho” abandonado e a degradar-se há quase duas décadas, onde funcionou a antiga Adega Cooperativa da Chamusca, que fechou portas em 2007.
A AMPV foi criada a 30 de Abril do mesmo ano com o objectivo de defender, promover e valorizar os territórios do país com tradição vitivinívola. Não se sabe qual a importância ou as vantagens de a Câmara da Chamusca pertencer à associação, mas o facto do município, presidido por Paulo Queimado (PS), já ter gasto mais de 13 mil euros em cotas anuais é motivo de críticas na vila. Segundo apurou O MIRANTE, junto de fonte da autarquia, o município faz-se representar nas iniciativas da associação por um funcionário dos quadros da autarquia, mas até hoje não se conhece que trabalho tem sido desenvolvido nem se a Chamusca tem condições para voltar a ser um concelho produtor de vinhos.