Sociedade | 03-11-2024 12:00

Empresário de Alcanena sente-se perseguido e tem 23 processos pendentes no município

Empresário de Alcanena sente-se perseguido e tem 23 processos pendentes no município
António Alexandre tem 23 processos em andamento na autarquia que se arrastam há vários anos, com alguns a resultar em queixas judiciais contra o município

António Alexandre tem vários processos e queixas-crime contra o município de Alcanena, por casos que se arrastam há dezenas de anos e acredita estar a ser vítima de perseguição pessoal. Caso mais recente levou a GNR e funcionários do município à sua propriedade, para o pressionarem a remover floreiras que lá havia colocado.

O empresário e residente do concelho de Alcanena, António Alexandre, sente-se injustiçado e alvo de uma perseguição pessoal, por parte do município, em particular do presidente Rui Anastácio. O munícipe é presença assídua nas reuniões do executivo camarário de Alcanena para expor diversos assuntos e processos que tem na autarquia, tendo alguns resultado em queixas judiciais apresentadas contra o município.
O caso mais recente envolve floreiras instaladas no interior da propriedade de António Alexandre e que o município pretende remover. A 14 de Outubro, a Guarda Nacional Republicana, juntamente com seis funcionários municipais dirigiram-se ao local no sentido de proceder à remoção das floreiras. António Alexandre explicou à GNR que, tratando-se de propriedade privada e recorrendo a documentos para o comprovar, tinha o direito de impedir a entrada. “Os funcionários pressionaram de forma intolerável, no sentido de entrar e remover umas simples floreiras que coloquei lá, depois de ter levado a proposta a reunião de câmara, 15 meses antes”, explica.
António Alexandre conta que a discussão durou mais de uma hora até que alguém terá comunicado ao comandante do posto da GNR de Alcanena que o munícipe tinha o direito de proibir a entrada, na medida em que a ordem da autarquia era para uma via pública, acabando o assunto por ali. O MIRANTE teve acesso à documentação detalhada que comprova que António Alexandre é proprietário da área onde estão as floreiras, bem como de outros processos sobre a sua propriedade, em que a autarquia quer intervir.
“Temos Registo Predial, Direção Geral do Território (DGT) e até, um sistema de coordenadas gráficas que consegue com precisão apurar onde estão são as extremas de muitos dos prédios de Alcanena. Em 1945 o meu avô comprou o atual PU 2262 e registou-o definitivamente”, explica António Alexandre.
O munícipe acredita tratar-se de uma perseguição pessoal, em prol de interesses e sistemas de amizade, por parte do presidente Rui Anastácio. Segundo explica, o único diferendo que tinha com um vizinho foi sanado, há décadas, em tribunal, através de transação homologada por juiz e transitada em julgado. Agora, diz que alguém não quer lá as floreiras e que isso terá levado à intervenção da câmara e da GNR, referindo que tem em sua posse toda a documentação que comprova e sustenta a sua posição.

Processos e queixas duram há vários anos
António Alexandre tem 23 processos pendentes no município liderado por Rui Anastácio e critica falta de respostas e de soluções relativamente aos assuntos que tem colocado. O empresário é presença assídua nas reuniões do executivo para apresentar várias questões de cariz pessoal e público. Conforme noticiou O MIRANTE, António Alexandre tem aguardado respostas da autarquia face a um processo que se arrasta desde 2017, depois do município ter alcatroado uma estrada que faz parte do seu terreno privado. Diz sentir-se ignorado e tratado de maneira diferente em relação a outros munícipes, que vêem os seus problemas resolvidos pelos serviços municipais em poucos dias.

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