Sociedade | 03-11-2024 07:00

Obras para resolver problemas ambientais na ETAR de Arruda dos Vinhos prontas em 2025

Obras para resolver problemas ambientais na ETAR de Arruda dos Vinhos prontas em 2025
Executivo de Arruda dos Vinhos acredita que obras na ETAR vão proporcionar melhor qualidade de vida aos moradores do concelho

Estação de Tratamento de Águas Residuais de Arruda dos Vinhos constituía um problema ambiental do concelho e não estava a conseguir dar resposta às necessidades, poluindo o Rio Grande da Pipa. Obras de 4 milhões estão em curso e Águas do Tejo Atlântico vai candidatar os trabalhos a apoios europeus.

A obra de remodelação e ampliação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), também chamada de Fábrica da Água de Arruda dos Vinhos, que era o principal passivo ambiental do concelho, está em curso e deverá ficar concluída no início de 2025.
A empreitada, anunciada em Março de 2023, começou no início deste ano e tem um custo estimado de 4 milhões e 823 mil euros. A infraestrutura, que vai ser a maior do concelho no que toca ao tratamento de águas residuais, vai ser candidatada a financiamento comunitário através do programa Centro 2030, inserido no plano de apoio para investimentos no ciclo urbano da água. O arranque da obra, no entanto, não ficou livre de problemas, com os dois concursos iniciais a terem ficado desertos obrigando o valor da empreitada a triplicar.
Sob a gestão da Águas do Tejo Atlântico, a intervenção promete acabar com um grave problema ambiental que se estava a sentir em Arruda dos Vinhos, com a falta de capacidade da antiga ETAR em dar resposta ao elevado fluxo de resíduos que estavam a entrar no equipamento, acabando os mesmos por seguir sem tratamento para o Rio Grande da Pipa, um afluente do Tejo. A obra em curso visa melhorar as etapas de pré-tratamento, tratamento biológico e tratamento de lamas na ETAR, equipando o espaço com as novas tecnologias de integração de informação para a gestão, com capacidade para servir 20 mil habitantes e tratar um caudal de 3.100 metros cúbicos por dia.
Já em 2019 O MIRANTE dava nota das queixas de vários moradores da Vala do Carregado, no vizinho concelho de Vila Franca de Xira, que denunciavam com frequência manchas brancas e águas escuras no Rio Grande da Pipa, somando-se a isso maus cheiros intensos que geravam desconforto na comunidade. Na altura, a Águas do Tejo Atlântico reconhecia que de forma ocasional o efluente que chegava à antiga ETAR continha cargas industriais de origem desconhecida, o que levava à degradação da qualidade das descargas, situações que foram sendo relatadas ao Ministério do Ambiente e ao Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR, sem que tenham sido encontrados os autores das descargas.
A ETAR de Arruda dos Vinhos foi projectada inicialmente em 2004 para dar resposta às águas residuais de apenas oito mil habitantes. Em 2014 passou a receber também efluentes da Zona Industrial das Corredouras, que antes eram descarregados directamente para a linha de água, sem ter recebido obras que permitissem acolher esse novo fluxo de efluentes.

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