Produção artesanal é um dos grandes motivos para visitar a Feira Nova de Santa Iria em Ourém
Evento contou com 56 expositores interiores de actividade económica e artesanato. A feira centenária é já uma referência a nível nacional. O MIRANTE esteve no local e falou com dois expositores, ambos residentes no concelho de Ourém.
Ourém voltou a estar em festa com mais uma edição da Feira Nova de Santa Iria. Entre os dias 24 a 27 de Outubro não faltou gastronomia, artesanato, diversões e concertos. A feira centenária realizou-se no Centro Municipal de Exposições e no Parque da Cidade António Teixeira. O evento, que se tem assumido como uma referência ano após ano, contou com a participação de 56 expositores.
Leonor Neves tem 47 anos e mora em Seiça, no concelho de Ourém. Criou um negócio caseiro juntamente com a sua filha. Explica que é um negócio de produtos artesanais, feitos em casa, que começou com velas e agora fazem sabonetes, wax melts, micados, cheiros para o carro, jesmonite, entre outros artigos. “A ideia surgiu da minha filha, ela começou a fazer velas porque normalmente as que estão no mercado fazem mal, têm químicos. Então ela começou a averiguar, a investigar e foi tirar uma formação. Hoje em dia faz velas de soja, sem químicos para não fazer mal ao ambiente”, explica a O MIRANTE. O negócio existe há um ano, vendem em feiras locais e online, fazendo expedições para todo o país. No futuro pretendem começar a vender noutras feiras a nível nacional. Leonor Neves confessa que fazer os produtos em casa é uma mais-valia: “é agradável, é relaxante no final do dia de trabalho fazer alguma coisa que nos dá muito prazer e ver crescer um projecto”, afirma. Leonor Neves trabalha como distribuidora postal nos correios (CTT) e a sua filha trabalha no Exército Português. Dedicar-se a 100% a este negócio é algo que ambiciona, mas admite que não é fácil: “para já é uma área que há muita gente a fazer o mesmo, há muitas pessoas a fazerem isto e depois não é uma coisa certa e o meu trabalho ao fim do mês é certo”, assume.
Natália Martins tem 65 anos e também vem de Seiça, concelho de Ourém. O seu negócio consiste em cultivar plantas para venda e fazer artesanato, quadros em croché, panos com tricot, entre outros. Tudo o que vende são produtos feitos por si: “faço em casa nos tempos livres, comecei este ano porque nos outros anos ainda trabalhava e agora como me reformei, para ocupar os tempos livres, decidi arranjar qualquer coisa para fazer”, confessa. Natália Martins trabalhava numa instituição de cuidados continuados em Ourém. Agora, na reforma, os seus dias são passados maioritariamente em casa, mas ficar parada a “olhar para as paredes” não é opção e por isso dedica-se a cuidar da sua horta e dos animais. As plantas que tem para venda são todas cultivadas por si. Tem plantas muito variadas, como por exemplo a planta da fortuna, a orelha de elefante, a planta do dinheiro, entre outras: “gosto muito de plantas e como tenho que ocupar o tempo livre vou-me distraindo com isto”, sublinha.