Segurança Social de Santarém pode reabrir em breve mas razões para fecho continuam um mistério
A directora do centro distrital de Segurança Social de Santarém garante que os serviços na cidade não vão estar muito tempo sem funcionarem e que se não se puder reabrir as instalações está tudo preparado para se usar o edifício ao lado, do Instituto do Desporto e Juventude.
Foi feita uma intervenção no ar condicionado e aguarda-se uma avaliação à qualidade do ar que teve problemas e causou indisposições nos funcionários.
A reabertura das instalações da Segurança Social de Santarém, onde se faz o atendimento ao público, encerradas a 1 de Outubro, devem reabrir dentro de dias, aguardando-se que técnicos do Instituto Ricardo Jorge façam uma avaliação do edifício, segundo revela a directora do centro distrital. Mas, garante Paula Carloto, se a visita dos técnicos demorar mais do que é expectável ou se ainda houver alguma coisa que suscite dúvidas relativamente à qualidade do ar, está tudo preparado para o serviço funcionar provisoriamente no edifício contíguo do Instituto do Desporto e Juventude. Ainda não se sabe exactamente o que causou os cheiros que levaram a que funcionários se sentissem mal, tal como aconteceu há cinco anos.
Paula Carloto, em declarações a O MIRANTE, refere que foi feita uma limpeza de todo o sistema de ar condicionado, concluída recentemente, e que não há indícios de problemas. No entanto, sublinha, para segurança dos funcionários, dos técnicos e dos utentes as instalações só voltam a abrir se o Instituto Ricardo Jorge disser que está tudo bem. A dirigente refere que o centro distrital de Segurança Social é o principal interessado em que os serviços voltem a funcionar e em segurança.
Na semana passada a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santarém tinha alertado para as consequências negativas que a situação acarreta para os utentes. A comissão entende que é necessário encontrar rapidamente um espaço alternativo, evitando assim que as pessoas tenham que se deslocar aos serviços existentes nos concelhos vizinhos. A comissão também dizia que a gravidade da situação não se compadece com esperas indeterminadas, até que o problema se resolva por si, salientando que se impõem medidas urgentes de investimento, para garantir condições de atendimento aos utentes e de trabalho para os trabalhadores.
Este caso é único no país e afecta também a imagem da instituição. Há cinco anos o serviço chegou a estar a funcionar em instalações provisórias, foram feitas obras e instalados sistemas de extração e renovação do ar, depois foi medida a qualidade do ar e feitas análises e não se previa que a situação se repetisse. O director do centro distrital na altura, Renato Bento, recordou a O MIRANTE que o cheiro aparecia mais no primeiro andar do edifício e na zona do auditório. Conta que foram dadas indicações para que o sistema de ventilação estivesse sempre ligado quando os serviços estavam a funcionar. Renato Bento, que deixou as funções em Agosto, continua sem perceber o que se passa nem se o facto de passarem umas condutas de esgoto por baixo do edifício tem alguma influência.
Recorde-se que uma funcionária teve de ser transportada ao hospital com náuseas e dores de cabeça. Inicialmente pensava-se ser uma fuga de gás, mas no local os valores estavam a zero. Colocou-se a hipótese de o problema estar no sistema de ar-condicionado ou em “gás metano libertado pelos esgotos”, tendo-se os bombeiros aconselhado a arejar o local.