Estudantes do Politécnico de Tomar elogiam cidade e instituição
Começou mais um ano lectivo no Instituto Politécnico de Tomar. O MIRANTE esteve na sessão solene de abertura do ano lectivo 2024/2025 e aproveitou para falar com alguns estudantes. Ricardo Freitas e Ana Gomes são estudantes do IPT há mais de três anos. Ambos partilham a opinião de que estudar num meio mais pequeno só traz benefícios.
O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) assinalou o início do ano lectivo 2024/2025 com a tradicional sessão solene de abertura. O MIRANTE esteve presente na cerimónia realizada no campus do IPT em Tomar e aproveitou para conversar com dois estudantes que estão na instituição há mais de três anos. Ricardo Freitas e Ana Gomes não poupam nos elogios à cidade de Tomar e à instituição de ensino. Ambos concordam que o facto de estarem num meio mais pequeno e com menos gente faz com que haja uma maior ligação entre os estudantes e maior proximidade com os professores. Para o futuro não rejeitam continuar a viver em Tomar, embora tenham outras ambições.
Ricardo Freitas tem 22 anos e é de Tomar. Já terminou a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e está actualmente a terminar o mestrado na mesma área. Explica que o IPT foi a sua primeira opção porque estava a atravessar algumas dificuldades na altura e como já morava na cidade decidiu ficar. Diz que não se arrepende. Já fez quatro anos completos na instituição de ensino superior e está agora no 5º ano. “Relativamente a outras universidades e politécnicos somos mais pequenos, temos uma comunidade pequena e acolhedora, ou seja, conhecemos muita gente e toda a gente se conhece, todos se apoiam”, sublinha.
Relativamente ao Politécnico de Tomar, Ricardo Freitas refere que a nível de licenciaturas e mestrados acha que os alunos saem bem instruídos na área e com boa preparação. “Os professores conseguem dar-nos apoio nos nossos estudos e nas nossas dificuldades, que acho que noutros sítios não seria tão fácil de ter. Grande parte da nossa preparação vem da disponibilidade dos professores e de todo o corpo docente”, afirma.
Para o futuro, confessa que ainda não sabe o que pretende fazer. “Sou um bocado indeciso, mas gostava de ficar a trabalhar na área das energias, que é a minha área de estudos, o meu pai também é electricista”, explica. Para trabalhar diz que quer ir para fora para conhecer novos sítios, apesar de reconhecer que a cidade de Tomar tem boas vagas de emprego e oportunidades na área. Ricardo Freitas foi presidente da comissão de praxes do seu curso e, neste momento, é presidente do conselho de estudantes de Tomar, ou seja, é ele que está à frente de todas as praxes do IPT em Tomar.
“Cada vez tenho mais ligação com a cidade”
Ana Gomes tem 22 anos e é de Leiria. Andou em Artes Visuais no secundário e sempre teve o gosto pela Fotografia, que é o curso onde está actualmente. Explica que Tomar foi a terceira opção e que ficou reticente quando soube que tinha sido colocada na cidade. “Não conhecia e achava que se calhar não ia ter a vida que esperava ter, mas depois quando vim cá parar adorei e estou a adorar”, afirma com um sorriso no rosto.
Confessa que gosta muito da cidade de Tomar. “Eu não sou uma pessoa de cidades muito grandes, então acho que Tomar se encaixa perfeitamente em mim, porque toda a gente se conhece. Preciso de ir a algum lado e tenho facilidade de ir, é uma cidade pequena, mais pacata, não tem tanta confusão e é isso que eu gosto”, diz. Quanto ao futuro refere que ainda não tem certezas do que pretende fazer, não sabe se quer seguir para mestrado ou ir trabalhar. Se for para mestrado diz que vai ter que ir para outra localidade porque o IPT não tem mestrados na área.
Para Ana Gomes, voltar a Tomar depois de terminar o mestrado ou para trabalhar é uma opção: “Gosto da cidade e cada vez tenho mais ligação com a cidade. Se arranjasse trabalho aqui não me importava, mas não sei bem como é que vai ser o futuro, o meu curso também não é um curso que tenha trabalho fácil”, assume. Ana Gomes está agora no 4º ano no IPT, estando a terminar a licenciatura em Fotografia.