Sociedade | 07-11-2024 07:00

Grupo de judeus diz que foi proibido de rezar dentro da Sinagoga de Tomar

Grupo de judeus diz que foi proibido de rezar dentro da Sinagoga de Tomar
Pedro Turner, presidente da Comunidade Judaica de Tomar. fotoDR

Presidente da Comunidade Judaica de Tomar assegura que grupo de judeus portugueses foi impedido de rezar dentro da Sinagoga. A Câmara de Tomar emitiu um esclarecimento onde nega a acusação.

O presidente da Comunidade Judaica de Tomar, Pedro Turner, diz que um grupo de judeus foi impedido de rezar dentro da Sinagoga de Tomar no dia 19 de Outubro. Após esta acusação, a Câmara Municipal de Tomar emitiu um esclarecimento, onde refere que nunca foi negado a ninguém a possibilidade de rezar no templo.
Pedro Turner, num texto que publicou nas suas redes sociais, explica que “um grupo de judeus, portugueses ou residentes em Portugal, em que me incluo, dirigiu-se, no dia 19 de Outubro, à Sinagoga de Tomar, no sentido de fazer algumas rezas - como, aliás, o tem feito ao longo destes últimos anos - sempre sem, de nenhuma forma, condicionar, impedir ou estorvar o movimento normal de turistas/visitantes”, escreveu. O presidente da Comunidade Judaica de Tomar afirma que a funcionária presente se colocou na porta de entrada, afirmando que eram proibidas cerimónias na Sinagoga - “impedindo assim, seja por palavras, seja por linguagem corporal, a entrada dos judeus”, acusa.
O município de Tomar emitiu um esclarecimento, no qual explica que a Sinagoga está sob sua tutela, sendo que a sua abertura ao público é feita de terça a domingo, através de vigilantes da empresa Caminhos da História, com quem foi contratualizado o serviço. A autarquia prossegue explicando que, não sendo actualmente um espaço de culto, nunca foi negado a ninguém a possibilidade de rezar dentro da Sinagoga, dentro do horário de abertura e sempre com a salvaguarda de que poderia ocorrer a visita de turistas em simultâneo. O município de Tomar reitera que “nunca teve, nem toleraria que alguém tivesse em seu nome, posições anti-semitas ou de discriminação de qualquer outra religião, povo ou etnia”. Relativamente à utilização por terceiros dos monumentos ou espaços museológicos sob a tutela do município, seja para fins religiosos, cívicos ou culturais, “devem os mesmos ser sempre solicitados com antecedência aos serviços de Turismo da autarquia”, esclarece a autarquia.

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