Em Santarém celebrou-se o Halloween com segurança e pedagogia
Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira celebrou o Halloween com programação especial, actividades criativas e exposições, aliando o conhecimento à diversão. Docentes e funcionários juntaram-se às festividades.
O Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira (AESB) preparou uma série de actividades para o Halloween que combinaram criatividade e segurança, abrangendo exposições e concursos temáticos, numa iniciativa que pretendeu enriquecer o conhecimento cultural dos alunos. O MIRANTE passou a manhã de 31 de Outubro com a direcção do agrupamento para perceber como as suas escolas celebraram o dia. A directora, Maria Adélia Esteves, explicou os detalhes da programação e a importância pedagógica de celebrar o Halloween nas escolas.
Os alunos das escolas do 1º ciclo do participaram vestidos a rigor com roupas alusivas ao Halloween, respeitando algumas regras para garantir a segurança dos alunos: não foram permitidos objectos como espadas e não houve pinturas faciais. Na Escola Básica 2/3 D. João, as festividades incluíram um concurso criativo de vassouras, que se realizou no átrio, com a intenção de eleger a vassoura mais original. Na mesma escola, uma exposição de símbolos de Halloween foi elaborada pelos alunos do 3º ciclo e exibida junto à biblioteca. Os alunos garantem que é um dos dias mais divertidos do ano, também por o partilharem com os amigos e conseguirem decorar as suas próprias casas.
Na Escola Secundária Sá da Bandeira, os alunos também participaram com trabalhos temáticos, apresentando uma exposição de símbolos de Halloween feitos com materiais reciclados, semelhante à que ocorre na escola D. João. A actividade pretendeu incentivar a reutilização de materiais e explorar a criatividade dos alunos. Além disso, outras escolas do agrupamento também estiveram envolvidas em iniciativas distintas: o Jardim-Escola João de Deus, na Portela das Padeiras, contou com uma exposição de abóboras decoradas, realizada em colaboração com as famílias dos alunos, enquanto o Centro Escolar Salgueiro Maia organizou um concurso de sapatos de bruxas, além de uma peça de teatro preparada pelos estudantes.
Comemorar o Halloween está no programa da disciplina de Inglês, e para a directora do agrupamento a celebração permite que os alunos conheçam tradições de outros países e se familiarizem com a cultura americana. A escola entende que as celebrações enriquecem a experiência escolar dos alunos, equilibrando o Halloween com tradições portuguesas como o Pão-por-Deus. Ao promover uma programação rica e envolvente, o Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira reafirma o compromisso em proporcionar aos alunos uma educação culturalmente enriquecedora e adaptada às tradições locais e internacionais, refere Maria Adélia Esteves.
O MIRANTE falou também com o Agrupamento de Escolas Ginestal Machado que, este ano, optou por não realizar grandes actividades, preferindo dedicar o tempo a outras temáticas durante o ano lectivo. No entanto, o director do agrupamento, António Pina Braz, acredita que é importante celebrar o Halloween, por enriquecer o conhecimento não só dos alunos, como também dos docentes.
Azambuja proibiu alunos de festejarem
Tal como O MIRANTE noticiou em edição passada, a direcção do Agrupamento de Escolas de Azambuja proibiu os alunos de festejarem o Halloween nas escolas. A decisão causou muita indignação entre alunos e encarregados de educação que não compreendem os motivos de uma decisão que classificam de opressora. Ao nosso jornal, uma encarregada de educação referiu que a sua filha queria ir mascarada e que não sabia como lhe explicar que não o pode fazer porque a escola o proíbe. É um caso, considerou, que pode ser comparado aos tempos de ditadura em que não havia liberdade.
Na comunicação à comunidade escolar, assinada pela directora, Madalena Tavares, lia-se que “não serão aceites quaisquer festas ou actividades de Halloween em nenhuma das escolas do agrupamento”, estando inclusive proibidas “decorações alusivas à entrada das escolas, salas portas ou bibliotecas”. De igual modo, referiu a directora, “nem os alunos nem o pessoal docente ou não docente poderão vir mascarados ou maquilhados alusivamente a esse dia”. Como justificação para tal decisão, tomada pelo conselho pedagógico, Madalena Tavares explicou que é para “salvaguarda de todas as crianças e alunos mais susceptíveis”. O MIRANTE contactou a directora a pedir mais esclarecimentos mas não obtivemos resposta.
A decisão surgiu algumas semanas depois do esfaqueamento de seis alunos naquele agrupamento de escolas por um aluno de 12 anos. As aulas não foram suspensas e, no dia seguinte ao ataque, pelo menos 130 alunos não foram à escola.