Sociedade | 10-11-2024 11:42

Jornadas de Santarém Contra a Violência renuíram vários especialistas

Jornadas de Santarém Contra a Violência renuíram vários especialistas

Jornadas de Santarém Contra a Violência realizaram-se Escola Superior de Saúde de Santarém. Evento reuniu especialistas para debater medidas de segurança, comunicação não violenta e desafios no atendimento judicial às vítimas de crime.

A Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) acolheu no dia 8 de Novembro a sétima edição das Jornadas Contra a Violência, um evento que se destacou pela abordagem abrangente e pela presença de especialistas de várias áreas. Organizada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a sessão de abertura contou com a intervenção do presidente da APAV, João Lázaro, que sublinhou a importância de criar espaços para que as vítimas de violência e as suas famílias sejam ouvidas. Destacou que o propósito das jornadas é sensibilizar a sociedade e fomentar debates necessários para dar voz àqueles que, frequentemente, permanecem silenciados, acreditando que uma sociedade informada e empática é crucial para quebrar o ciclo de violência e apoiar as vítimas.
A directora da ESSS, Hélia Dias, enfatizou a necessidade de pensar em estratégias preventivas, e garantiu que enquanto houver uma única pessoa afectada pela violência, a sociedade vai precisar de continuar a reflectir sobre as causas e medidas preventivas. "O número de vítimas não nos faz mover, o que nos impulsiona é o facto de que existe violência entre as pessoas, algo que deveria ser inadmissível em qualquer contexto”, acrescenta.
Para o presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Pedro Ribeiro, é necessário que haja um reforço da importância de a sociedade se indignar diante de casos de violência. Alertou para o número de 22 mortes de violência em 2023, sugerindo que, com o acesso à informação, as pessoas estão cada vez mais “anestesiadas diante de injustiças e crimes”. Para Pedro Ribeiro é essencial que a violência doméstica, frequentemente vista como um problema privado, seja reconhecida como uma questão social que exige acção colectiva. Já Alfredo Amante, vereador do município de Santarém, sublinhou o papel da educação na formação de cidadãos conscientes e activos, referindo que as escolas devem promover a cidadania e formar jovens capazes de criticar e a actuar contra as injustiças. “Um dos desafios actuais é combater o isolamento e a desumanização, porque são factores que contribuem para a perpetuação da violência​”, acrescenta.
Artigo completo na edição impressa de O MIRANTE.

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