330 vítimas do surto de Legionella de VFX ainda esperam por justiça
Dez anos após o surto de Legionella que aconteceu em Vila Franca de Xira 330 vítimas ainda esperam ser indemnizadas. A Associação de Apoio às Vítimas da Legionella organizou um debate no Forte da Casa e reiterou que caso não se faça justiça em Portugal avançam para o Tribunal Europeu.
Dez anos após o surto de Legionella que ocorreu no concelho de Vila Franca de Xira as vítimas ainda clamam por justiça. Em 2022 foram indemnizadas 73 vitimas do surto, que chegaram a acordo com a Adubos de Portugal, mas 330 ainda esperam ser ressarcidas porque não ficou provado o nexo de causalidade.
A Associação de Apoio às Vítimas da Legionella (AAVL) assinalou a data no sábado, 9 de Novembro, com um debate na delegação da junta do Forte da Casa. Participaram Mário Durval, especialista em saúde pública, Filipe Froes, pneumologista, Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira na altura, e Sara Machado, a recente advogada da associação uma vez que Ana Severino deixou de representar a AAVL.
O tribunal administrativo demora anos a dar seguimento aos processos, um deles a acção interposta pelas vítimas contra o Estado português. Maria Manuela, tesoureira da associação, acredita que a justiça é lenta mas que não vai tardar. “Vamos até ao fim e depois de esgotados os recursos em Portugal vamos para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, se for preciso. Temos a câmara e a junta do nosso lado”, disse a O MIRANTE.
*Notícia desenvolvida numa edição impressa de O MIRANTE