Comprar casa é mais caro em Benavente e mais em conta em Mação
Na Lezíria do Tejo, Benavente é o concelho com preço mediano por metro quadrado mais elevado nas transacções de imóveis para habitação efectuadas até ao segundo trimestre deste ano. Chamusca é o mais barato. No Médio Tejo, o Entroncamento tem o valor mais elevado e Mação o mais acessível.
As estatísticas de preços da habitação por município mostram que o concelho de Benavente, na Lezíria do Tejo, é aquele que apresenta um valor mais elevado do preço por metro quadrado. Os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), disponibilizados no final de Outubro, mostram que Benavente se tem mantido constante no topo das vendas. É preciso recuar até ao segundo trimestre de 2020, único período em que foi superado pelo concelho de Azambuja, de acordo com os dados em análise que se iniciam no quarto trimestre de 2019 e finalizam no segundo trimestre de 2024.
O preço mediano de alojamentos familiares transaccionados em Benavente, segundo o INE, no segundo trimestre foi de 1.165 euros por metro quadrado (m2). Este valor é também o mais elevado se a análise se estender também ao lote dos municípios que integram o Médio Tejo. O crescimento populacional e o anúncio do Governo, em Maio deste ano, que definiu a localização do Aeroporto Luís de Camões no Campo de Tiro no concelho de Benavente, são factores que contribuem para a subida dos preços na zona.
Recorde-se, conforme O MIRANTE noticiou no segundo trimestre deste ano, o sector imobiliário registou “um aumento substancial” da procura de imóveis em Samora Correia e Alcochete logo depois da tomada de decisão do novo aeroporto. Neste período, Benavente registou o preço de habitação mais elevado na Lezíria do Tejo, seguindo-se os municípios de Salvaterra de Magos (847€/m2), Cartaxo (729€/m2) e Almeirim (691€/m2), todos eles com preços da habitação superiores ao valor médio na Lezíria do Tejo (667€/m2).
Já a Chamusca (305€/m2) apresentou o menor preço do metro quadrado nas habitações vendidas até ao segundo trimestre deste ano. Entre os municípios da Lezíria do Tejo onde o preço da habitação é mais barato figuram ainda Golegã (451€/m2), Santarém (493€/m2), Rio Maior (505€/m2), Coruche (625€/m2), Alpiarça (639€/m2) e Azambuja (654€/m2).
Entroncamento destaca-se no Médio Tejo
No segundo trimestre de 2024, a sub-região do Médio Tejo apresentou um preço mediano de alojamentos familiares transaccionados de 452 euros por metro quadrado. Observando os dados estatísticos, o concelho do Entroncamento (912€/m2) lidera entre os onze municípios que constituem o Médio Tejo, enquanto Mação (105€/m2) se encontra no extremo oposto.
Sardoal (214€/m2), Alcanena (311€/m2), Abrantes (347€/m2), Ferreira do Zêzere (439€/m2), Constância (438€/m2) e Tomar (443€/m2) são os concelhos em que o preço mediano das transacções efectuadas por metro quadrado se encontram inferiores à média da sub-região.
Em sentido oposto, os municípios de Vila Nova da Barquinha (588€/m2), Ourém (563€/m2) e Torres Novas (476€/m2) registaram valores acima da referência no Médio Tejo. Em Portugal, os preços na habitação continuaram a crescer no segundo trimestre, acelerando face aos três meses anteriores. O preço mediano de alojamentos familiares vendidos em Portugal cresceu 6,6% no segundo trimestre.