Sociedade | 12-11-2024 21:00

Feira de Santa Iria no centro da cidade de Tomar continua a dividir opiniões

Feira de Santa Iria no centro da cidade de Tomar continua a dividir opiniões
A Feira de Santa Iria realiza-se actualmente entre o Mercado Municipal e a Várzea Grande, apresentando um modelo disperso no centro da cidade

O vereador do PSD Luís Francisco considera ser necessário repensar o modelo da feira que tem sido implementado nos últimos anos. A vereadora Filipa Fernandes (PS) diz que há vantagens e desvantagens no modelo actual, garantindo que o município está a trabalhar para criar um espaço de feiras em Tomar.

O modelo actual da Feira de Santa Iria em Tomar continua a ser uma fonte de discórdia na cidade: há quem encontre vantagens e há quem defenda que a feira perdeu a sua essência. O tema voltou a ser discutido na última reunião de câmara, com a oposição PSD a dizer que o actual modelo é de “desenrasque”. O vereador Luís Francisco (PSD) defende que é necessário pensar a feira tendo em conta aquilo que é o objectivo de uma feira. A vereadora Filipa Fernandes (PS) refere que o facto de a feira se realizar no centro da cidade é uma mais-valia para a economia local, reconhecendo no entanto que também traz constrangimentos. A Feira de Santa Iria realiza-se actualmente entre o Mercado Municipal de Tomar e a Várzea Grande, apresentando um modelo disperso no centro da cidade. Esta configuração foi implementada após a requalificação da Várzea Grande, local onde antes se realizava o certame.
“Penso que a dispersão, principalmente no foco dos comerciantes, que é o objectivo da feira, traz desvantagens, as pessoas andam mais dispersas, vão a uns sítios não vão a outros, e há queixas quer dos feirantes, quer de pessoas que não têm participado como expositores ou feirantes porque não reconhecem mais-valia para si nessa participação”, revelou. Para Luís Francisco, vale a pena repensar a feira e projectá-la tendo em conta aquilo que é o objectivo de uma feira, não sendo só um espaço de divertimento e de “uma passagem de artistas a cantarem”, mas mais do que isso. “As pessoas querem ir à feira, querem ir comprar coisas”, sublinhou.
Na resposta, Filipa Fernandes (PS) mencionou que o facto da feira se realizar no centro da cidade cria dinâmica e traz mais mais-valias para quem tem a sua actividade económica na cidade. “Ao afastá-la, acabamos por afastar aquilo que é a dinâmica da economia local”, referiu. Embora reconheça que o modelo também traz constrangimentos, a autarca socialista garante que tem recebido opiniões de pessoas que defendem que a feira está “muito bem assim”. Relativamente aos concertos, a vereadora explicou que o objectivo passa por dar aos jovens e aos concidadãos a oportunidade de terem concertos de grande dimensão na cidade: “Os jovens também merecem viver a nossa Feira de Santa Iria”, frisou. Filipa Fernandes explicou que, com o modelo actual da Feira de Santa Iria, pretende-se aproveitar o certame para congregar diferentes sinergias, como a venda ambulante, os carrosséis, os feirantes, o artesanato, os comes e bebes, as tasquinhas e os concertos.

Futuro parque de feiras em Marmelais

A Câmara de Tomar quer criar um parque de feiras na cidade, estando o projecto em andamento, com conversações a decorrerem entre o município e os proprietários dos terrenos. O futuro parque de feiras está previsto ocupar a zona entre Marmelais de Cima e Marmelais de Baixo, área abrangida pela revisão do Plano de Pormenor do Flecheiro.

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