Sociedade | 14-11-2024 18:00

Foro do Sabino continua sem saneamento e água potável

Foro do Sabino continua sem saneamento e água potável
Manuela Cardoso sugere melhorias a fazer em aglomerado habitacional situado a sete quilómetros de Benavente

Após a recente pavimentação da estrada, uma moradora no Foro do Sabino, em Benavente, apelou à câmara municipal para que avance com a implementação de saneamento básico e abastecimento de água potável na zona.

Manuela Cardoso está cansada de utilizar garrafões para cozinhar e de usar água engarrafada para as necessidades domésticas em que é imprescindível o uso de água potável. Foi desta forma que a moradora do Foro do Sabino, em Benavente, sintetizou a sua situação e solicitou à câmara municipal que tome medidas para dotar as habitações de saneamento básico e água potável, após a recente pavimentação da estrada.
“Agradeço a disponibilidade para alcatroarem a nossa estrada; ficou muito bem. Pena que não tenham aproveitado para introduzir a água potável, porque tenho de usar água de garrafão para cozinhar, o que é bastante desagradável”, lamentou Manuela Cardoso. Na mais recente reunião do executivo, a residente explicou ainda que, após as obras, a entrada da sua quinta ficou “um bocadinho desequilibrada” e sugeriu ao vereador Hélio Justino a construção de um passeio.
Referindo-se a carências da zona onde vive, Manuela Cardoso destaca a ausência de contentores para resíduos domésticos e de reciclagem no final da estrada, sublinhando que essa falta contribui para a acumulação de lixo. “Tenho pena que não haja um caixote do lixo ou dois, de reciclagem e domésticos, porque continuamos a sofrer com a invasão do lixo na entrada da estrada”, salienta.
O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), começou por enquadrar a intervenção que se realizou no Foro do Sabino, explicando que a autarquia aguardou algum tempo para fazer a pavimentação da rua na expectativa de que fosse implementado um projecto que contemplasse o abastecimento de água e a instalação de saneamento básico na área: o que acabou por ainda não se concretizar. “A rua estava em tão mau estado que tivemos que a pavimentar porque já era quase intransitável. Tinha muitos buracos e não havia condições. Por isso avançámos”, justifica. Carlos Coutinho reiterou que a autarquia planeia implementar o abastecimento de água e o saneamento assim que as condições permitam, reconhecendo que “são fundamentais para a vida das pessoas”.
Quanto à recolha de lixo, o autarca indicou que a responsabilidade está a cargo da Ecolezíria, que estabelece a colocação de um ecoponto por cada 150 habitantes. “Ali, creio que são uns 15 habitantes ou um pouco mais. Vamos tomar boa nota e vamos falar com a Ecolezíria para, excepcionalmente, colocar lá um ecoponto, para que a recolha seja feita de três em três semanas”, concluiu Carlos Coutinho.

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