PSD não vai apresentar propostas para próximo orçamento de Arruda dos Vinhos
Partido acusa os socialistas de terem desconsiderado várias propostas apresentadas o ano passado que ainda não viram a luz do dia. Presidente do município fala em marketing político e nos ecos da campanha eleitoral que se está a aproximar.
O PSD de Arruda dos Vinhos, após análise “cuidada e profunda”, anunciou que não irá apresentar qualquer proposta a integrar o orçamento municipal e as grandes opções do plano deste ano que irão a discussão e aprovação antes do final do ano.
A comissão política concelhia do PSD diz que a decisão não foi tomada de ânimo leve mas que reflecte uma situação repetida de desconsideração e de falta de execução das propostas que, em anos anteriores, foram apresentadas. “O PSD entende que a elaboração das Grandes Opções do Plano deve ser um exercício sério e consequente, com medidas que possam ser implementadas de forma responsável. Não estamos dispostos a participar num processo orçamental de faz de conta, em que as nossas sugestões não são ouvidas, consideradas ou implementadas”, criticam.
O ano passado, ainda com André Rijo como presidente, o PSD apresentou um documento com 27 propostas a integrar o orçamento municipal, tendo o Partido Socialista aceite integrar dez propostas, situação que levou os social-democratas a abster-se na votação. Este ano, contudo, o sentido de voto deverá ser diferente. Segundo o PSD, constavam nessas propostas a revisão da Carta Educativa; o reforço dos recursos humanos no Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos; a requalificação do Largo Humberto Delgado; as intervenções nos Taludes de Camondes e Alcobela de Baixo e o levantamento exaustivo dos locais de descarga de águas pluviais no Rio da Pipa. “Infelizmente, e chegados a esta fase, o PSD verificou que nenhuma destas propostas foi devidamente executada. Como podemos confiar num executivo que não honra a palavra dada?”, critica o partido em comunicado.
O presidente do executivo, Carlos Alves, defende-se criticando o que diz ser “um acto de campanha” por parte do PSD, de compromissos que nunca terão sido aceites pelo executivo socialista. “Trata-se de marketing político e campanha eleitoral, nada contra isso”, entende o autarca arrudense, que já afirmou ter preferido que o PSD apresentasse propostas que ajudassem a contribuir para a melhoria do concelho. O próximo orçamento municipal e as grandes opções do plano deverão ter aprovação garantida, com cinco vereadores do PS contra dois do PSD.