Segundo nó da A1 em Vila Franca de Xira continua em ponto-morto
Há 24 anos que se fala na necessidade de abrir um novo acesso à A1 a sul da cidade de Vila Franca de Xira, onde já existe uma saída mas apenas no sentido norte-sul. Município está disponível para ceder terrenos para que a obra avance.
A concretização do tão aguardado segundo nó de acesso à Auto-Estrada do Norte (A1) na cidade de Vila Franca de Xira dependerá da renegociação futura do contrato de concessão que ocorrerá entre a Brisa e o Governo, com o município a esperar que o assunto seja encarado como prioridade pelo Governo.
O também chamado “Nó II” de VFX permitiria a saída para as localidades de Alhandra e Sobralinho de forma mais eficaz para o trânsito. A saída já existe, mas apenas para quem circula do sentido norte-sul. Para quem viaja no sentido sul-norte a única alternativa é sair depois da cidade de Vila Franca de Xira e voltar para trás atravessando todo o centro da cidade.
“O nó feito no ano 2000 foi apenas um meio-nó. Falta a saída de quem vem de Lisboa e não foi feita na altura porque a ideia inicial era apenas retirar o trânsito pesado do centro da cidade, que era muito fustigada com camiões”, recorda o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS). Segundo o autarca, a intervenção que está planeada inclui a libertação de uma fatia de terreno da antiga Escola da Armada, adquiridas pela câmara municipal, para que esse nó avance. “Tenho esperança que o ministro das Infraestruturas avance depressa com a renegociação da concessão da A1 para que esse nó esteja também considerado”, explicou o autarca. Nessa renegociação, o concelho de Vila Franca de Xira vai tentar pressionar o Governo a acabar com as portagens entre Alverca e Castanheira do Ribatejo, bem como a construção de outros dois nós de acesso à A1 a sul do território, na Póvoa de Santa Iria e no Sobralinho.
Já em 2022, recorde-se, o município de VFX aprovou uma proposta, apresentada pelos vereadores da CDU, reivindicando do Governo que assegurasse os meios financeiros necessários para a boa conclusão do projecto e da obra. “Desde 2009 que a necessidade de conclusão deste nó de acesso está inscrita no Plano Director Municipal mas começou a tornar-se mais emergente nos últimos anos”, notava a CDU.