Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo aprova orçamento de 21 milhões para 2025
Mobilidade e a Protecção Civil são os eixos principais do orçamento da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo para 2025.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo aprovou as linhas estratégicas e o orçamento para 2025, no valor de 21 milhões de euros, mais 7,2 milhões que este ano, tornando-se assim o mais alto de sempre. O secretário executivo da CIM Médio Tejo, Miguel Pombeiro, disse à Lusa que praticamente três quartos desses 21 milhões estão centrados em duas prioridades, a Mobilidade e a Protecção Civil.
Relativamente à Mobilidade, Miguel Pombeiro lembrou que a CIM Médio Tejo, enquanto “autoridade de transportes, faz a gestão de quatro milhões de quilómetros de toda a rede pública rodoviária” e promove “passes a preços acessíveis e/ou gratuitos”, estando a “perspectivar, no próximo ano, novas medidas de promoção do transporte público e de optimização da própria rede” de funcionamento. “Tivemos como ponto de partida uma rede de transportes essencialmente de transportes escolares e o nosso desafio é transformá-la também numa rede de transportes para as pessoas que fazem os movimentos pendulares casa - trabalho”, destacou. Nessa área, o secretário executivo lembrou ainda a implementação de uma rede de ciclovias, com partilha de bicicletas eléctricas e o transporte a pedido em cerca de 70 circuitos municipais”.
Além da Mobilidade, Miguel Pombeiro destacou “um grande projecto para a gestão integrada dos meios de Protecção Civil” do Médio Tejo. “Nós temos neste momento o concurso público para a aquisição de 11 veículos operacionais e os respectivos módulos, que serão depois cedidos aos corpos de bombeiros da nossa sub-região, cujo valor anda, no total, perto de 5 milhões, sendo certo que haverá também aquisições de equipamentos de protecção individual estruturais para as 14 corporações dos bombeiros e apoiaremos também equipamentos de protecção individual florestal”, declarou.
A CIM do Médio Tejo, com sede em Tomar, e que é presidida pelo presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, agrega 11 municípios do distrito de Santarém: Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
Em comunicado, a comunidade destaca ainda investimentos na área da Educação, através do PEDIME - Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal, e no âmbito do Turismo e Cultura, com uma “estratégia centrada nos Produtos Turísticos Integrados sub-regionais e locais, focada nos produtos estrela”, como a Rota dos Templários (Cultura) e Santuário de Fátima (religioso). No âmbito do turismo náutico, a CIM Médio Tejo disse ter “aprovada a candidatura” ao projecto “Castelo do Bode 360º”, e renovado a certificação da Estação Náutica do Castelo do Bode, “avanços que”, sublinhou, “irão significar novos investimentos e mais promoção ao lago de Castelo do Bode” em 2025. Por outro lado, “atenta aos mecanismos que preveem a evolução digital e inteligente dos territórios”, os municípios da CIM Médio Tejo integram a ‘Smart Region’ e, no âmbito da Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes, pretende-se promover em 2025 a implementação de Plataformas de Gestão Urbana (PGU), peças essenciais para que a administração pública local tenha, cada vez mais, os seus processos de decisão suportados em dados”, estando alocado um investimento nesta área de perto de 700 mil euros.
Para Manuel Jorge Valamatos, citado na mesma nota, “este é um orçamento realista com uma noção clara das necessidades das populações, mas também inovador, pois tem os olhos postos nos desafios da governança inteligente e sustentável”.